Aprendendo a sobreviver na selva

Centro de Instrução de Guerra na Selva proporciona cursos de treinamentos para militares e civis

seg, 02/04/2012 - 00:03 Atualizado em: seg, 02/04/2012 - 19:37

A grande biodiversidade presente na floresta amazônica e a sua vasta área de extensão (equivalente a cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados, abrangendo nove países), fez com que, em 1964, militares se voltassem para a criação de um Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com o objetivo de defender o patrimônio nacional.

Graças a militares pioneiros, hoje existe uma escola que forma militares e civis capazes de cumprir quaisquer missões dentro da floresta. O CIGS oferece cursos com duração de nove semanas de combate para os militares, assim como os de cinco dias para funcionários de organizações e instituições que desejam ter um conhecimento mais específico de sobrevivência na área - mas que, sobretudo, desejam aperfeiçoar o binômio homem-selva.

De acordo com o coronel de infantaria Edmundo Palaia Neto (foto), 30% do que se ensina no curso militar é de uso dual. “Ele é importante para qualquer pessoa que atue na região da Amazônia e que esteja sujeito a uma situação que precise empregar conhecimentos do relacionamento entre o homem e a selva". Palaia também afirmou que em situações de risco como, por exemplo, ter que aprender a fazer fogo, abrigo, aplicar primeiros socorros e leis de sobrevivência, as instruções do curso são muito úteis.

O curso de operação na selva adapta seus alunos ao rigor do ambiente, ensinando a obter da floresta os meios necessários para sobreviver e combater. Aplicar essas técnicas de vida na selva não é tarefa fácil. A todo momento, a fauna e a flora amazônica parecem dificultar e cobrar as energias daqueles que ousam se aventurar na floresta.

Ao avanço do curso, os alunos aprendem técnicas, táticas e os procedimentos típicos dos militares, seja na terra, nos rios ou no ar. O grande desafio é fazer com que os alunos saibam utilizar a selva como aliada no combate diário contra o desconhecimento da fauna e flora amazônica.







Zoológico do CIGS - Apoiando diversos trabalhos de cunho social e aproximando-os da sociedade, o CIGS possui, ainda, um zoológico composto por espécies exclusivas da Amazônia brasileira que é mantido e administrado pelo Exército Brasileiro.

O zoo do CIGS é o maior centro de animais da região amazônica e é o segundo maior ponto turístico da capital Manaus, perdendo apenas para o aclamado encontro das águas (Rio Negro e Solimões) na área portuária da cidade.

Quem anda pelas trilhas do zoológico se depara com onças, suçuaranas, jaguatiricas, gatos mouriscos, jiboias, macacos de diversas espécies, sucuris, jacarés-açu, veados, araras e gaviões reais. Atualmente, existem cerca de 171 animais e 58 espécies no espaço, que também investe na recuperação de animais vitimizados para a devolução aos seus habitats naturais e tem como principal objetivo proporcionar informações sobre a fauna amazônica aos alunos do Curso de Operações na Selva.

Serviços

Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS)

92 3625-1966

Estrada da Ponta Negra, n°750, São Jorge - Manaus (AM)



Zoológico do CIGS

Horário de funcionamento: Terça a sexta, das 9h às 16h30 | Domingo, das 9h às 18h

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