Cícero Roseno alerta que os estudantes não devem parar no meio do caminho Samara Loppes/LeiaJáImagens

As salas dos preparatórios para concurso se enchem toda vez que é lançado um novo edital, mas aos poucos elas vão se tornando apenas espaços vazios. O que acontece é que as condições financeiras e a falta de tempo implicam nessa evasão.



Ruana Rios, 22, é operadora de Circuito Fechado de TV e desde o ano passado tenta se tornar uma funcionária pública, porém teve que abandonar o preparatório pela falta de tempo. “Trabalho manhã e tarde, só tenho a noite para descansar e tinha que ir para o preparatório. O trânsito, a pressa para chegar cedo, tudo isso foi me desgastando e só tive uma saída, a desistência”, completa Ruana.



Mas Cícero Roseno, vice-diretor pedagógico do Núcleo de Concursos Especial (Nuce), que oferece cursos preparatórios para concurso, alerta que os estudantes não devem parar no meio do caminho e sim procurar soluções adequadas para o estudo. “O próprio Nuce oferece aulas aos finais de semana e só exige que o aluno leve um quilo de alimento, mas claro que esta solução não vai adiantar de nada se o aluno não estudar em casa”, garante Cícero.



Um ambiente silencioso, apostilas, tempo de estudo correto e muita dedicação formam o contexto perfeito para o candidato ter a chance de passar em uma seleção.  Na questão do tempo, Cícero Roseno alerta que “o estudante deve alternar o tempo entre estudo e pausas para descansos, o adequado é que a cada 45 minutos estudando, o aluno descanse 15”.

Outro ponto importante, para o concurseiro, é não esperar o lançamento de um novo edital para começar a estudar. “O aluno deve se basear no edital antigo do concurso, só assim ele tem um maior tempo de estudo e vai precisar, apenas, adquirir os conhecimentos pedidos no novo edital”, acrescenta Cícero Roseno.

Boa alimentação e exercícios físicos também não devem ficar de fora do dia a dia de estudos, restando ao concurseiro estabelecer regras e metas para cumprir tudo que propõe um edital.

Matérias básicas

Uma matéria por dia e quatro horas de dedicação são o suficiente para um aluno obter todo conhecimento necessário para uma aprovação em uma seleção pública. Mas o professor de matemática do Nuce, Henrique França (foto abaixo), adverte: “o aluno não precisa saber de tudo, mas sim saber o que vai ser pedido nas provas, para isso é necessário sempre ver provas anteriores, até porque as questões, pelo menos na área da matemática, são bastante repetitivas, mudam-se apenas os números”.

De acordo com o professor o aluno deve começar estudando os assuntos básicos e que estão presentes em todos os concursos, eles são: razão e proporção, múltiplos e divisores, regra de três (simples e composta), porcentagem, sistema legal de medidas (capacidade de um sólido), equações e juro simples.

Já em português, segundo o professor Tiago Xavier (foto abaixo), os assuntos mais prováveis a cair nas provas são: interpretação de texto, orações coordenadas e subordinadas, concordância verbal e nominal, acentuação, regência verbal, crase e pontuação.

Tiago Xavier ainda acrescenta que os alunos devem sempre praticar o que estudam, separando um tempo apenas para responder exercícios. “A prática é importante porque testa se o aluno aprendeu ou não, e hoje se tem muita facilidade para achar os assuntos e as questões na internet com acesso gratuito, sendo assim não existe desculpa para não apostar nos estudos e em um concurso público”, completa.