A tecnologia como aliada da aprendizagem

Notebook é adquirido nas escolas com o objetivo de dinamizar as aulas e despertar o interesse de aprendizado nos alunos

por Priscilla Costa sab, 26/01/2013 - 09:00
Shutterstock Notebook agiliza o aprendizado Shutterstock

Nos dias de hoje, algumas escolas estão substituindo a extensa lista de material escolar, do início do ano letivo, por um único item. No lugar da mochila abarrotada de livros, cadernos e lápis, é a vez do uso do notebook.

A tecnologia não só permite um maior e mais rápido acesso à informação, mas também, o poder de ajudar os professores a tornarem as aulas mais dinâmicas e atrativas e, assim, despertar interesse por parte dos alunos. Pensando nisso, o Colégio NAP Murakami é uma das instituições de ensino a adotar a ideia. Além do material didático, cada estudante do ensino integral recebe um notebook para ser o seu mais novo material escolar. Ao concluir o 3º ano, o aluno leva o computador para casa. Para evitar roubos ou esquecimento do aparelho em outros lugares, os estudantes contam com um armário de apoio, dentro da sala de aula, para guardar todo o material.

Segundo a coordenadora, Fabiana Murakami, assumir este método foi uma forma de estimular e complementar o aprendizado sem fazer com que os alunos se limitassem apenas aos livros e conteúdos passados em sala de aula. “Nós vivemos numa geração onde tudo é voltado à tecnologia e o nosso papel, enquanto escola, é educar e guiar os passos dos alunos. E para isso, é importante que caminhemos de acordo com a realidade deles”, afirma.

A escola, que implantou a ideia desde 2011, possui uma equipe de professores responsável por pesquisar e elaborar os conteúdos que podem complementar o cronograma de ensino de acordo com cada disciplina. No caso de matérias específicas da área de Humanas e Saúde, os professores, ao darem aula, sugerem aos alunos, links que ajudam a reforçar o conteúdo ensinado. Para eles focarem mais no aprendizado, após o término da aula, os orientadores distribuem todo o conteúdo apresentado para os notebooks de cada estudante através de um servidor - sistema de computação centralizada que fornece serviços a uma rede de computadores.

Já no caso de disciplinas ligadas à área de Exatas, o uso de papel, caneta e lápis é primordial. “Por se tratarem de matérias que exigem cálculos, não há como fazê-los de forma eletrônica. Porém, para o conteúdo ficar mais interessante, disponibilizamos jogos digitais que trabalham, de maneira divertida e bem humorada, os assuntos passados em sala de aula”, ressalta a coordenadora.

Em relação ao aprendizado, Fabiana comemora a mudança de comportamento de alguns estudantes. “Com certeza, houve mais desempenho e interesse por parte dos alunos. Os que já gostavam de estudar, ganharam mais autoconhecimento. Já os que não manifestavam interesse em estudar, hoje, mostram mais vontade em aprender”.

Para evitar o famoso “Ctrl C + Ctrl V”, tão frequente durante a realização de trabalhos escolares, Fabiana alerta: “Cada professor conhece o aluno que tem. Quando analisamos um trabalho e vemos que o uso da pontuação está impecável e com palavras muito rebuscadas, desconfiamos logo. Para termos certeza e não julgarmos o aluno, recorremos ao Google para descobrir de que fonte o conteúdo foi copiado. Após isso, damos uma nova chance para o aluno pesquisar. Se ainda assim, ele insistir em plagiar, fazemos com que ele recorra apenas aos livros da biblioteca”, diz. “Toda escola tem que ter o compromisso de reforçar o valor da ética com os alunos. Um estudante que passa a vida toda só copiando e colando, nunca vai aprender nada”, completa.

Os conteúdos que não remetem ao aprendizado em sala de aula, como redes sociais ou qualquer outro site com conteúdo impróprio, são bloqueados pelos professores e pela coordenação, e, liberados apenas nos intervalos. “Tudo é monitorado pela nossa equipe. Em cada sala, há um computador onde, através dele, o professor tem acesso a tudo o que o estudante está fazendo no seu notebook. Caso o aluno não cumpra as regras, bloqueamos o site de imediato”, explica.







Crédito da foto: Priscilla Costa/LeiaJáImagens

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