CsF leva pernambucano para estudar na Itália
Estudante Arthur Moura viaja neste mês de agosto
Desde o ano de 2011, o programa Ciências sem Fronteiras (CsF), do Governo Federal, já concedeu mais de 41 mil bolsas de estudo em países do exterior para brasileiros. Segundo o Ministério da Educação (MEC), nos próximos quatro anos, a meta da iniciativa é oferecer mais de 100 mil bolsas. Até o mês de abril deste ano, 20.115 já foram concedidas.
Tendo em vista o grande número de estudantes universitários que almeja conseguir uma dessas oportunidades de intercâmbio, para algumas pessoas parece difícil ser selecionado no CsF. Mas, a dificuldade não impediu o recifense Arthur Moura, de 18 anos, de sonhar em ser aprovado.
Estudante de engenharia mecânica na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o jovem sempre quis estudar fora do Brasil e aplicar o conhecimento da sua graduação no exterior. O foco era a Itália e é para lá que, neste mês de agosto, o rapaz viaja, justamente no âmbito do programa. “Sempre quis estudar na Itália pela influência da minha avó, porque ela viajou por toda a Europa e nunca foi lá. Além disso, a Itália tem uma grande tradição no setor automotivo, que permeia a minha área profissional”, conta Moura.
No mês de janeiro deste ano, o estudante resolveu se inscrever no CsF e, um dia antes de seu aniversário, o resultado foi divulgado. “No dia 5 de abril recebi um e-mail com a confirmação da minha viagem. Fiquei muito feliz. Vou estudar na Universidade de Bolonha, a mais antiga da Itália. É a primeira vez que vou passar tanto tempo longe de casa”, diz o jovem, que nunca viajou para outro país.
Preparação e família
De acordo com Arthur Moura, a família dividiu opiniões em relação a viagem. O pai dele não concordava com a situação, argumentando que o Brasil está em plena ascensão econômica e que para a área de engenharia mecânica não faltavam oportunidades.
Diferentemente do pai, a mãe do jovem o deu total apoio e acabou convencendo o marido. A irmã de Moura, Lorena Antunes, 14, apesar da saudade que espera sentir, aprovou a ida do irmão. “É uma oportunidade única que vai enriquecer muito o currículo dele. Toda vez que penso na viagem bate um pouco de saudade, porém, sei que isso é para o bem dele”, relata Lorena.
Para ser aprovado, o jovem conta que passou por trabalhos escolares de caráter científico que pesaram durante o processo de análise. Ele também fez uma carta em inglês contando porque queria estudar no país europeu, bem como tem feito curso de italiano. “Meu maior medo é o idioma. Tenho receio em chegar lá e não entender nada”, completa Moura.