Candidatos denunciam irregularidades em concurso da SEFAZ
Falta de energia e uso de aparelhos celulares foram os motivos da denúncia
A Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE) anunciou, no dia 2 de julho, a realização do concurso público para o cargo de auditor fiscal do Tesouro Estadual. A seleção foi realizada nos dias 27 e 28 de setembro, mas candidatos denunciam irregularidades em um dos locais de provas.
Participantes declaram que no térreo e primeiro andar do prédio do Colégio São José, localizado na Boa Vista, área central do Recife, faltou energia elétrica por duas vezes e alguns colegas de prova estavam usando o celular. Apesar de serem transferidos de sala, os candidatos tiveram que fazer a prova no escuro.
“Faltou energia às 15h45min. Após 15min abriram as janelas com marteladas, pois as mesmas estavam coladas. Depois disso muita gente pediu para trocar de lugar, pois do lado oposto já estava muito escuro. Passamos 30min fazendo a prova com uma iluminação precária, pessoas pediram para sentar até no corredor, quando realmente escureceu e ficou impossível de fazer algo”, afirma a candidata Mônica Holanda.
Ela revela que celulares foram usados para clarear a prova e que a demora para solucionar o problema foi demorado. “Fomos transferidos em fila indiana para outro bloco do colégio com os nossos pertences, alguns candidatos costumam levar resumos para revisar antes das provas, porém este material não foi lacrado, apenas ficou embaixo da banca, ou seja, fomos transferidos, no escuro, para outro prédio com estes resumos, prova, cartão resposta e celular em mãos”, declara.
Em resposta, a Secretaria da Fazenda esclarece que o concurso para auditor fiscal não foi suspenso. Em virtude de antecipação de tutela deferida pelo Juízo da 3ª Vara da Fazenda Estadual, foi suspensa a publicação do resultado do referido concurso, que seria realizada no Diário Oficial do Estado no último sábado (22).
A Procuradoria Geral do Estado já está analisando o caso, para recorrer da referida decisão. A Sefaz PE explica ainda que seria precipitado se pronunciar sobre realização de novas provas, já que o assunto ainda está sob apreciação do Poder Judiciário.