. Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

A frase "A lua é um satélite e a terra é quadrada" é verdadeira ou falsa? A resposta para o questionamento é "falsa", baseada na lei do pensamento. Proposições como essa são um exemplo de questões que podem compor uma prova de raciocínio lógico em concursos públicos. Para se dar bem, concurseiros buscam compreender o assunto, que cada vez mais tem presença nos certames.

O raciocínio lógico propõe uma discussão sobre preposições, chamadas de premissas, que exigem do candidato conclusões a respeito delas. Apesar de ser um programa curto, na maioria das concursos, o assunto é considerado difícil - muito pela falta de conhecimento prévio -. O ensino da lógica não é comum em escolas, muitos concurseiros têm o primeiro contato com o método durante o processo de preparação para os exames.

“Os interessados devem ter um acompanhamento para aprender sobre raciocínio lógico, buscar auxílio em videoaulas, cursos preparatórios e afins. A partir desse contato, o que parecia ser difícil se tornará mais simples”, pontua Tácio Maciel, professor no Nuce Concursos. É importante, também, ter uma dedicação nesse processo e encarar a disciplina como um fator importante na diferenciação durante o processo seletivo.

Tácio destaca os tipos de questões mais características. “São quatro assuntos: o primeiro cobra do concurseiro a conclusão a respeito de várias frases; no segundo é apresentado um texto e questiona qual seria a frase equivalente a ele; no terceiro, é preciso achar a negação de uma sentença; e no último, discutir a respeito de um argumento, se ele é válido ou inválido”, pontua. Essas questões são apresentadas em provas de lógica proposicional. A Fundação Carlos Chagas (FCC) pode cobrar outros pontos, alerta o professor. Em média, são cinco questões cobradas nas provas de raciocínio na maioria dos certames.

As dicas para conquistar um bom desempenho, a princípio, podem parecer difíceis, mas é preciso decorá-las e reforçar o estudo. “Há um 'bisu' muito fácil para os conectivos. Quando tem o conectivo 'e', a proposição completa só é verdadeira quando as duas frases são verdadeiras. No uso do 'ou', a proposição só é falsa se as duas frases forem falsas. Já no caso dos conectivos 'se' e 'então', ela só é falsa se apresentar a ordem verdadeira e falsa. No conectivo 'se', ela só é falsa quando existir na ordem 'verdadeiro' e 'falso' ou 'falso verdadeiro', explica o professor, entre outros exemplos.

Concursos como o do Tribunal Regional Federal (TRF) exigem o domínio do assunto, muitas vezes associado à necessidade de conhecimento em matemática. "É comum pensar que as provas estão relacionadas à matemática, mas há questões que demandam outras disciplinas, como português, em relação à linguagem e gramática", explana o professor. Uma das dicas para os concurseiros conquistarem um bom desempenho é decorar algumas regras, facilitando assim a realização da prova, otimizando o tempo.

Outros certames como os da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Receita Federal e Bombeiro também têm o conteúdo como obrigatório nos exames, para isso, a preparação é fundamental. Tácio alimenta um canal no YouTube com vídeos que somam mais de 2 milhões de visualizações no curso básico da matéria. Confira uma das videoaulas:

Com o número crescente de seleções que exigemo conteúdo, o professor disponibilizou a resolução das questões da prova de 2016 do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o cargo de Técnico de Seguro Social. “Ter uma rotina de estudos é a chave de uma boa prova”, ressalta. Confira o material clicando AQUI.

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