Compromisso com a verdade: conheça o curso de jornalismo

Com duração de quatro anos, a graduação que garante o diploma de jornalista é a de bacharelado na área

por Camilla de Assis qua, 05/12/2018 - 18:26
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Estudantes passam por cadeiras teóricas e práticas Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Compromisso com a verdade e consciência coletiva são as premissas básicas para quem quer fazer um bom jornalismo. Com duração de quatro anos, a graduação que garante o diploma de jornalista é a de bacharelado na área. Dentro do ensino superior é nela que o estudante caminha para ser um “foca” - jornalista recém formado, em início de carreira e inexperiente. Mas, antes de conseguir alcançar esse patamar, é necessário ter bons rendimentos dentro da faculdade para se tornar um bom profissional.

Segmento com mais de dois  mil anos de existência, o primeiro jornal que se tem conhecimento é o Acta Diurna (59 a.C.), surgido das necessidades de Júlio César em divulgar os primeiros atos políticos e sociais no império romano. Já no século 8, os jornais escritos à mão surgiram na China. O jornalismo moderno, como é semelhante ao que temos atualmente nos impressos, veio com a invenção da prensa de Gutemberg. O aparelho era uma espécie de máquina de escrever. A partir disso, foi possível a escrita de notícias em larga escala.

No sexto período do curso de jornalismo, Juliana Maniçoba, 22, escolheu a profissão ao acaso. Ela lembra que a sua primeira opção, medicina, não tinha muita relação com as atividades que exerce hoje. “Mas sempre tive o pé em comunicação. Após dois anos tentando, decidi arriscar e hoje [jornalismo] é o que eu quero para o resto da vida”, conta. A estudante, como muitos outros alunos que ingressam na área, acreditava que já iniciaria a graduação aprendendo a vida prática de um jornalista. “Mas é preciso, antes, estudar muito, ter muita teoria, importantíssima para desenvolver mais na profissão”, opina Juliana.

A jovem, que tem afinidade com a área de televisão, conseguiu o primeiro estágio na tevê virtual da instituição de ensino onde estuda. “É uma ótima experiência, aqui a gente faz programa, faz matéria, tem a vivência do dia a dia de um jornalista. É onde eu tenho oportunidade de aprender”, explica Maniçoba. Seu plano após a conclusão da graduação é de ser contratada por uma emissora e continuar no segmento do jornalismo que tanto ama.

O professor do curso de jornalismo da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, André Ferreira, aconselha que os estudantes não encarem a profissão apenas com a vertente televisiva. “Muitos estudantes entram achando que vão se repórteres de TV de uma grande emissora, mas jornalismo é mais que isso. Existe quem trabalha com texto, o rádio, documentários, entre tantas outras áreas”, explica Ferreira.

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Áreas de atuação

Muito além do repórter de televisão e do repórter de texto, atualmente o jornalista ocupa diversos outros cargos dentro de uma empresa de comunicação, seja ele um jornal, revista, emissora, assessoria de imprensa ou até mesmo uma agência de marketing digital.

Dentro dos jornais e portais, os repórteres são divididos diante de seu tempo e experiências de carreira. Os níveis podem ir de repórter júnior a sênior. Outras áreas também podem ser alcançadas com a profissão. As que mais estão em evidência atualmente são as de assessoria de imprensa e marketing digital. “Muitos estudantes chegam à universidade achando que vão para veículos, entretanto os locais que mais empregam são as assessorias e agências”, ressalta o professor André Ferreira.

Há dois anos atuando com marketing digital, a jornalista Taísa Silveira achou na função uma oportunidade de se conhecer. “Encontrei um terreno muito fértil e cheio de possibilidades para minha atuação enquanto profissional de comunicação. Atualmente penso o jornalismo de uma forma para além dos meios tradicionais. Faço parte da Rede de Cyberativistas, um grupo nacional que pensa comunicação e jornalismo para além do impresso, do rádio... Usamos as plataformas digitais para produzir comunicação, jornalismo”, afirma.

Graduada há sete anos, Taísa ainda aponta para a mudança no mercado. “Oportunidades existem, redes sociais por exemplo, são uma outra forma de realizar jornalismo hard news que os estudantes devem estar inseridos e dominar seus métodos. Portanto, fazer cursos de atualização voltado para redes sociais é uma das soft skills que devem ser desenvolvidos”, aconselha.

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