Unicamp: 56% dos aprovados em medicina são pretos/pardos
Essa é a primeira vez na qual a instituição de ensino adota sistema de cotas étnico-raciais
Adotando o sistema de cotas étnico-raciais pela primeira vez na história, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aumentou para 38% a quantidade de alunos autodeclarados pretos ou pardos na instituição. O número é resultado da política de inclusão social adotada em 2019, que, além de aceitar as cotas raciais, conta com vestibular voltado para pessoas indígenas, para medalhistas de olimpíadas educacionais e ações afirmativas para alunos de escola pública.
Segundo a instituição de ensino, o curso que em primeira chamada aprovou mais alunos autodeclarados pretos ou pardos foi letras - noturno, com 78,1%. O curso com menos declarados foi Música-composição, com 29% e o curso mais concorrido, medicina, teve percentual de 56,4%. Apesar do incentivo para povos indígenas, apenas 2,1% deles foram convocados para os as 3,3 mil vagas na primeira chamada. Alunos de escolas públicas correspondem a 48,7% dos aprovados.
"Boa parte dos aprovados desse segmento não precisou utilizar das cotas, pois teve nota para passar na ampla concorrência”, afirmou José Alves de Freitas Neto, coordenador da Comvest, o sistema de ingresso da Unicamp. A porcentagem de alunos pretos e pardos por curso pode ser conferida no site da instituição.
Confira tabela com porcentagem de aprovados abaixo:
*Com informações da assessoria de imprensa