O ritmo de estudos pode estar acelerado para os estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, mas essa corrida para revisar os conteúdos pode ser estressante por diversos fatores. Entre eles, estão a cobrança por um estudo completo, a dificuldade em alguma disciplina ou até mesmo o medo da extensa prova do Enem.
A professora Fernanda Pessoa foi convidada para participar da live ‘Como se preparar a 4 meses do Enem’, do Vai Cair No Enem, com a proposta de fazer os estudantes refletirem sobre o que ainda pode ser feito até o dia do exame.
Um dos pontos que a docente destacou sobre as provas foi a diferença na quantidade de carga de leitura entre as provas do primeiro dia - de Linguagens, Ciências Humanas e redação - e as do segundo dia - de matemática e Ciências da Natureza. Segundo Fernanda Pessoa, esse é um fator que torna o primeiro dia mais cansativo. “Estudando, eu vi que a diferença é imoral. Só para você ter uma noção, no primeiro dia de prova do Enem, tanto de 2019 quanto de 2020, tínhamos provas com quase 87 mil caracteres, sem contar os espaços. No segundo dia, a prova tem cerca de 57 mil letras. São quase 30 mil caracteres a menos. Parece uma besteira, mas eu parei para estudar e mostrar às pessoas que, de fato, a prova do primeiro dia é muito maior do que no segundo dia”, ela explicou.
“Mas não é para enlouquecer com essa informação. É para a pessoa entender que o cansaço é normal”, tranquiliza, e emenda: “Não quer dizer que o aluno deve estudar mais para as disciplinas do primeiro dia do que para as do segundo, mas é para o aluno treinar o cansaço".
E como treinar para driblar o possível cansaço?
A professora ainda dá uma dica baseada em um estudo de uma universidade norte americana, que consiste em realizar um simulado em dois momentos distintos. No primeiro momento, o aluno deve preencher o gabarito do simulado dentro de um tempo estipulado, não podendo conferir o gabarito da prova depois. Já em um segundo momento, o aluno vai refazer o simulado, mas dessa vez sem contabilizar qualquer tipo de tempo. “Pode até fazer 15 questões por dia”, sugere Fernanda Pessoa.
Na hora de conferir o gabarito, o estudante poderá comparar, pro exemplo, o que ele errou na primeira vez, mas acertou na segunda. “Isso pode ter sido por falta de atenção devido à pressa”, sugere a professora. Caso o aluno tenha errado uma questão nas duas vezes que fez, “esse pode ser um assunto que ele não saiba, ou não aprendeu corretamente, então esse conteúdo deve ser estudado”, conclui Pessoa. A professora ainda analisa a reflexão que pode ser extraída do exercício. “Na primeira semana o aluno tem raiva porque perde muito tempo. Só que ele termina isso percebendo que também erra”, argumenta.
Em termos de carga de estudo, Pessoa pondera sobre o tempo que falta para o dia da prova, além de outros fatores que podem ajudar o aluno a conter o nervosismo diante dos exames. “Sabe aquele momento em que você percebe que é fundamental lidar com as ferramentas que tem? Falta um pouco menos de quatro meses para a prova, ainda há tempo. E temos uma quantidade de inscritos menor. E ainda vai ter a abstenção”, analisa a professora.
Nesta edição, a prova do Enem será realizada nos dias 21 e 28 de novembro, tanto na versão impressa quanto na digital. Ao total, o exame contém 180 questões, sendo 90 no primeiro dia e outras 90 no segundo. Cada área do conhecimento é composta de 45 quesitos. Além disso, os estudantes ainda precisam produzir uma redação.
Confira a live completa:
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