Policial e servidor são presos por fraudar concurso em PE
O certame classificaria novos integrantes para a Guarda Municipal de Gravatá, no Agreste do estado
Três pessoas, entre elas um policial penal e um servidor do Governo de Pernambuco, foram presas na manhã desta quinta-feira (9) por participar de uma associação criminosa responsável por fraudar o concurso público da Guarda Municipal de Gravatá, no Agreste do estado.
Após denúncia, as investigações começaram em janeiro deste ano, um mês após o certame. De acordo com a Polícia Civil, dezenas de contratantes foram identificados por se beneficiar do serviço ilegal. Todas serão acusadas de fraude em concurso.
“Eles se utilizavam de dois métodos, um deles se passando pelo candidato. Eles pegavam uma foto da pessoa que ia fazer a prova e substituía no RG, fazendo a prova pelo candidato. Outro método de fraude era a utilização de pontos eletrônicos através de mini celulares que eles acoplavam ao corpo da pessoa e recebiam as informações da prova”, explicou o gestor do Departamento de Repressão e Combate ao crime organizado (DRACO), Guilherme Caraciolo.
LeiaJá também: PE: Polícia prende grupo que fraudava concursos públicos
O delegado reforça que o concurso chegou a ser anulado, mas por questões administrativas. Foram apreendidos pontos eletrônicos, celulares, chaves de transmissão, documentos falsos, além de armas e munições.
Ao todo, 70 policiais cumpriram os três mandados de prisão e outros 14 de busca e apreensão em cinco cidades do Grande Recife – Olinda, Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Recife – e em Gravatá.
O trio foi levado ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife, e serão encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Eles ficarão presos por cinco dias, prazo mínimo da modalidade temporária.