Após gesto nazista, professora é demitida de escola no PR

Na gravação, é possível ver a professora levanto a mão à testa como sinal de continência militar e depois estender o braço direito, cumprimento usado pelo líder nazista alemão Adolf Hitler.

por Joice Silva ter, 11/10/2022 - 10:10
Reprodução Professora faz gesto nazista em aula Reprodução

A professora do Colégio Sagrada Família, na cidade de Ponta Grossa (PR), que foi filmada fazendo um gesto nazista dentro da sala de aula, foi demitida da instituição de ensino. As imagens foram feitas na última sexta-feira (7), durante uma aula do terceiro ano do Ensino Médio.

Na gravação é possível ver a professora levando a mão à testa como sinal de continência militar e depois estender o braço direito, cumprimento usado pelo líder nazista alemão Adolf Hitler.

Em entrevista a UOL, o advogado da professora, Alexandre Jorge, afirma que o gesto não se trata de uma saudação nazista. "Ela não compactua com qualquer ato de nazismo, nem qualquer organização, seja nazismo, comunismo, fascismo ou qualquer uma delas”, disse o advogado.

Ele afirmou também que a gravação foi retirada de contexto. "Ela colocou um hino, bateu aquela continência, e alguns alunos que têm a posição contrária a dela, que são do candidato Lula, começaram querer induzir para esse lado de que ela estava fazendo o símbolo do nazismo", completou.

Em nota, o Colégio Sagrada Família afirmou que não compactua nem concorda com a postura da professora. "Também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo", complementou a instituição. Confira, abaixo, a nota na íntegra:

"Em respeito a nossa comunidade escolar, Pais, Alunos e a todos que interesse tiverem sobre o ocorrido com uma de nossas professoras da 3ª Série do Ensino Médio, afirmamos que não compactuamos e não concordamos com a postura da Professora e também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.



O Colégio Sagrada Família em Ponta Grossa – PR tem uma história pautada pela lisura em suas ações e respeito à comunidade, por isso repudia ações que venham a ferir os valores da vida, da moral e da ética.



Bem como, em relação à funcionária envolvida nos fatos, por se tratar de questão “interna corporis”, foram tomadas as medidas cabíveis ao caso."

COMENTÁRIOS dos leitores