Pilates nas Escolas auxilia na ansiedade pré-vestibular

Projeto da Clínica de Fisioterapia da UNAMA – Universidade da Amazônia ajuda pessoas na reabilitação corporal e oferece mais qualidade de vida

ter, 22/11/2022 - 10:57

A Clinica de Fisioterapia da UNAMA - Universidade da Amazônia, Unidade Alcindo Cacela, apresentou um projeto que teve o objetivo de trabalhar a ansiedade e outras tensões do corpo em alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 13 e 20 de novembro. O Pilates nas Escolas, que surgiu em 2020 de forma remota em função da pandemia de covid-19, auxilia o público-alvo a obter mais controle de si. Veja galeria de fotos acima. 

A iniciativa não tem fins lucrativos e usou as redes sociais para divulgar o projeto em busca do alcance de mais pessoas, segundo Andrezza Coelho, coordenadora do curso de Fisioterapia da UNAMA e fundadora do programa.

“Ele tem alguns princípios de respiração, de consciência corporal, de fluidez, e isso faz com que a gente consiga com um treino respiratório manter essa concentração e essa consciência corporal”, explicou. “A gente começa a desacelerar desse mundo agitado em que vive de muita conexão, de muito trabalho. Imagine a carga de cobrança desses alunos que participam do Enem.”

O pilates atua na musculatura do corpo e combate a ansiedade generalizada, ajuda nas articulações e evita que o corpo desenvolva disfunções, além de auxiliar na reabilitação. Segundo a coordenadora, um dos benefícios da atividade é promover equilíbrio e tranquilidade, conseguindo que com treinos o corpo produza hormônios “do bem”.  

“Agora a gente trabalha pra que aquele aluno que vai fazer uma prova de longo tempo, no qual eles ficam nessa tensão”, disse. “Desacelera o coração, a respiração fica mais tranquila, vai receber o beneficio e vai levar a técnica pra dentro da sala no momento em que esse aluno estiver fazendo a prova.”

Para Bianca Monte, colaboradora do projeto e fisioterapeuta da UNAMA, o pilates trabalha o condicionamento físico e o sistema cardiorrespiratório. Com isso, há a expansão pulmonar. “O pilates trabalha a concentração também, então a gente evita que forças externas atrapalhem a rotina, deixando o ambiente mais relaxado e tranquilo”, explicou. “Para fazer o pilates a gente não precisa de muito, a gente só precisa de princípios.”

A estudante Aritza Bentes, 17 anos, tem problema na coluna. Ela, que também pratica a yoga, elogia o pilates e diz sentir-se menos estressada. Aritza destaca que o pilates ocupa a cabeça com exercícios que esticam o corpo e ajeitam a coluna. "Pode aliviar o coração acelerado da ansiedade, a dor de cabeça que surge, o suor que a gente tem”, relatou. “Eu tenho ansiedade e faço em função disso. E é extremamente importante pra sociedade reconhecer como exercício físico.”

Já Anna Elyse, estudante, 17 anos, começou a praticar o pilates por causa de um desvio na cervical, mas está afastada há dois meses. A jovem contou ter sentido melhora na postura e nos sintomas de ansiedade. “Me ajudou muito nas crises, deu uma amenizada na questão do cansaço mental”, opinou. “Então, quando eu fazia pilates eu tinha esse relaxamento por completo. Eu pretendo voltar no pós-Enem pra manter a estabilidade.”

O pilates é uma técnica de exercícios que não apenas se adequa aos moldes tradicionais de treino, mas trabalha a centralização e tem foco no abdômen, escopo de análise da atividade. Criado em meados do século XX por Joseph Pilates (1883-1967), o método pilates originou-se a partir da intenção de promover reabilitação corporal e tem se popularizado nos últimos anos. Hoje, existem as modalidades solo, solo e bola, pilates com aparelho e o neopilates com argolas.

Por Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

 

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