Diretora de escola estadual é acusada de desviar R$ 87 mil
A servidora foi afastada do cargo por 90 dias
Acusada de improbidade administrativa, uma gestora de uma escola estadual localizada no município de Caibaté, no Rio Grande do Sul, foi afastada liminarmente do cargo por 90 dias pela Justiça do estado, após pedido do Ministério Público (MP-RS).
De acordo com o MP, a servidora, de nome não revelado, trabalhava na Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo de Paula e foi denunciada por supostamente realizar "manobras ilícitas por meio de registros falsos nos sistemas informatizados e falsificação de prestações de contas".
Foi determinada a indisponibilidade dos bens da servidora e de seu companheiro, no valor de aproximadamente R$ 87 mil, que foi supostamente desviado.
Segundo o promotor de Justiça Sandro Loureiro Marones, a diretora teria feito diversas compras para si em nome da instituição de ensino. Além disso, ela é acusada de vender bens do estado, também em benefício próprio.
“Temos cópias de notas fiscais de compras de materiais de construção e serviços, no valor de mais de R$ 13 mil, emitidas em nome da escola, mas para serem entregues no endereço da ré. Em outro fato, a denunciada colocou à venda em uma rede social o jogo de buffet que pertencia à escola”, afirma o promotor.
Ela também é acusada de participar de um suposto desvio de verba, no qual teria sacado valores das contas bancárias da escola estadual, emitindo cheques nominais destinados a ela e ao companheiro dela.
A juíza Cristina Lohmann, em sua decisão, decidiu pelo afastamento da diretora. A magistrada informa que os supostos atos ilícitos ocorreram em razão do cargo que a acusada ocupava.
"É prudente o seu afastamento do cargo, no intuito de evitar prática de novos ilícitos e também porque a sua permanência pode implicar em prejuízo para a instrução processual, até porque há informação de que a ré teria realizado ameaças contra membros da comissão sindicante e contra as testemunhas dos fatos em apuração”, diz o texto, divulgado pelo MPRS.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul comunicou que não irá se manifestar sobre o caso.