Pesquisa mede vulnerabilidade do cyberbullying na educação

A análise apontou que alunos da rede privadas estão mais suscetíveis ao bullying virtual

qui, 21/09/2023 - 15:39
Pixabay A análise apontou que alunos da rede privadas estão mais suscetíveis ao bullying virtual Pixabay

Pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontou que alunos de escolas particulares são mais vulneráveis ao bullying virtual do que estudantes do ensino público. 

A análise foi tema do doutorado do professor de educação física Raul Alves de Souza, que apresentou 15 diferentes formas de cyberbullying. Dentre essas, os alunos da rede privada apontaram que 11 ocorrem na comunidade escolar. 

A advogada Ana Paula Siqueira, especialista em direito digital e com mais de 20 anos de atuação contra o bullying e o cyberbullying, explica: “Ainda que o cyberbullying ocorra na internet e fora do período escolar, a origem dele está na escola, que precisa proteger os estudantes, uma obrigação prevista na Lei da Lei do Bullying (Lei 13.185/2015)”. 

A maior ocorrência desses casos está nas redes sociais e grupos de whatsapp, trazendo interação fora do ambiente escolar. Na maioria das situações, ofensas são feitas, além de montagens para humilhar ou expor de forma negativa a vítima.

É estimado pela Unesco que um em cada três estudantes já passaram por situações de bullying na escola. Por isso, Ana Paula explica que o combate a tais ações precisa ser uma ação permanente nas escolas. “Não basta uma palestra por ano e achar que a situação está resolvida. A lei exige medidas permanentes, em um plano de combate ao bullying e cyberbullying bem fundamentado. Esse planejamento é fundamental para proteger os estudantes”.  

Pesquisa 

Realizada no Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da Unesp, a pesquisa entrevistou 3469 estudantes entre 11 e 17 anos de São Paulo, dos quais 1991 eram de escolas públicas e 1478 eram da rede privada.

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