Na franquia “O Exterminador do Futuro”, o mundo é dominado por robôs, controlados pela Skynet, inteligência artificial que se desenvolveu a ponto de criar consciência própria e não se rebelar contra os humanos. Recentemente, no presente real, a notícia de que um engenheiro de software da Google fora afastado por citar que um sistema de inteligência artificial da empresa teria criado “consciência e alma” gerou alarme e debates sobre os rumos da tecnologia. Seria uma ameaça, ou mais uma ferramenta de desenvolvimento para a humanidade?
Há muito se discute sobre a inteligência artificial, suas vantagens e ameaças. Por um lado, estudos apontam que mais de 50% dos postos de trabalho existentes hoje no Brasil serão assumidos por robôs em um futuro próximo. A informação traz dois alertas. O primeiro é que devemos, sim, tomar cuidado com os rumos da tecnologia, de forma que ela não tome, de fato, o lugar do humano. O segundo é que, cada vez mais, profissionais precisam se especializar, reciclar e reinventar suas carreiras para se manterem relevantes em um mercado cada vez mais competitivo. A ameaça também pode ser encarada como uma oportunidade. Novas profissões surgirão, com postos de trabalho que receberão os “órfãos” daquelas que sumirem.
Se um sistema de inteligência artificial criar “consciência”, não acredito que chegará à profundidade complexa da mente humana e, portanto, não conseguirá nos dominar. É necessário, no entanto, atentar para os limites que essa tecnologia pode e deve exercer, para que não se torne prejudicial ao desenvolvimento da humanidade. Ou será que devemos temer a rebelião das máquinas como nos filmes “Eu, robô” e “O Exterminador do Futuro”?