Eduardo Cavalcanti

Eduardo Cavalcanti

Cinematec

Perfil: Professor, Jornalista e Cineasta.

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Walter Salles é o Brasil em Cannes

Eduardo Cavalcanti, | qui, 19/04/2012 - 18:14
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Hoje pela manhã foi divulgada a lista dos selecionados para a 65ª edição do festival de cinema de Cannes, que acontece de 16 a 27 de maio na França. Para nós brasileiros, o destaque da lista foi a inclusão do filme "On the Road", de Walter Salles, na competição oficial do evento. 

Rodado nos Estados Unidos, o filme é baseado no livro "Pé na Estrada", escrito por Jack Kerouac, e conta a história de um aspirante a escritor que atravessa os Estados Unidos pedindo carona, em busca de autoconhecimento e experiência. No elenco, nomes conhecidos como Kristen Stewart, a estrela da saga "Crepúsculo", Kirsten Dunst, Viggo Mortensen, Garret Hedlund, Sam Riley e a brasileira já veterana em Hollywood Alice Braga.

Outro destaque da edição 2012 é a exibição especial, fora de competição, do documentário A Música Segundo Tom Jobim, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

E enquanto ficamos na torcida pelo filme de Walter Salles, confira a lista completa dos selecionados. 

Em competição:

“Moonrise Kingdom”, de Wes Anderson
“Rust & Bone”, de Jacques Audiard
“Holly Motors”, de Léos Carax
“Cosmopolis”, de David Cronenberg
“The Paperboy”, de Lee Daniels
“Killing Them Softly”, de Andrew Dominik
“Reality”, de Matteo Garrone
“Amour”, de Michael Haneke
“Lawless”, de John Hillcoat
“In Another Country”, de Hong Sangsoo
“Taste Of Money”, de Im Sangsoo
“Like Someone In Love”, de Abbas Kiarostami
“The Angel’s Share”, de Ken Loach
“Im Nebel”, de Sergei Loznitsa
“Beyond The Hills”, de Cristian Mungiu
“Baad El Mawkeaa”, de Yousry Nasrallah
“Mud”, de Jeff Nichols
“You Haven’t Seen Anything Yet”, de Alain Resnais
“Post Tenebras Lux”, de Carlos Reygadas
“On The Road”, de Walter Salles
“Paradis: Amour”, de Ulrich Seidl
“The Hunt”, de Thomas Vinterberg
“Thérèse Desqueyroux”, de Claude Miller (closing film, out of competition)

Un Certain Regard:
“Miss Lovely”, de Ashim Ahluwalia
“La Playa”, de Juan Andrés Arango
“God’s Horses”, de Nabil Ayouch
“Trois Monde”, de Catherine Corsini
“Antiviral”, de Brandon Cronenberg
“7 Days In Havana”, de Benicio Del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Juan Carlos Tabio, Gaspard Noé eLaurent Cantet
“Le Grand Soir”, de Benoit Delépine e Gustave Kervern
“Laurence Anyways”, de Xavier Dolan
“Después De Lucia”, de Michel Franco
“Aimer A Perdre La Raison”, de Joachim Lafosse
“Student”, de Darezhan Omirbayev
“La Pirogue”, de Moussa Toure
“Elefante Blanco”, de Pablo Trapero
“Confessions Of A Chile Of The Century”, de Sylvie Verheyde
“11.25 The Day He Chose His Own Fate”, de Koji Wakamatsu
“Mystery”, de Lou Ye
“Beasts Of The Southern Wild”, de Behn Zeitlin

Fora de Competição:
“Io E Te”, de Bernardo Bertolucci
“Madagascar 3, Europe’s Most Wanted”, de Eric Darnelle e Tom McGrath
“Hemingway & Gelhorn”, de: Philip Kaufman
“Dario Argento’s Dracula”, de Dario Argento
“Ai To Makoto”, de Takashi Miike
“Une Journée Particulière”, de Gilles Jacob e Samuel Faure
“Polluting Paradise”, de Fatih Akin
“Roman Polanski: A Film Memoir”, de Laurent Bouzereau
“The Central Park Five”, de Ken Burns, Sarah Burns eDavid McMahon
“Les Invisibles”, de Sébastien Lifshitz
“Journal De France”, de Claudine Nougaret e Raymond Depardon
“A Musica Segundo Tom Jobim”, de Nelson Pereira Dos Santos
“Villegas”, de Gonzalo Tobal
“Mekong Hotel”, de Apichatpong Weerasethakul

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Cinema, Futebol e 3D

Eduardo Cavalcanti, | qua, 18/04/2012 - 17:45
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Nos últimos anos, a escura sala de cinema tem aberto espaço para outras atrações. No Recife, já tivemos sessões de Stand UP Comedy, transmissões 3D (gravadas e ao vivo) de Óperas, entre elas a "Ifigêna em Tauris" e "A Valquíria", de Ballet, incluindo os consagrados "Gisele", "O Quebra Nozes" e "A Bela Adormecida", de shows, como do U2, Rolling Stones e Foo Fighters. Só em 2011 foram 20 exibições especiais nas salas da rede UCI na capital pernambucana, e o projeto UCI Live já está presente nas salas do grupo por todo o país. 

Em agosto do ano passado, a sala foi palco da transmissão do UFC Rio, ao vivo, abrindo espaço para transmissões esportivas nos cinemas pernambucanos. E a mais nova exibição será a final da UEFA Champions League, que acontece no dia 19 de maio, a partir das 15h30, com transmissão ao vivo em 3D pela Cinelive.

Os fãs do futebol já podem garantir um lugar para acompanhar o jogo na sala 3D do UCI Kinoplex Recife. Os ingressos antecipados já estão a venda nas bilheterias do cinema e no site www.ingresso.com.br  a R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada).

SERVIÇO
UCI Kinoplex Recife- Av. Padre Carapuceiro,777 Loja BV.174, Boa Viagem
Outras informações: www.ucicinemas.com.br

Os vampiros estão voltando

Eduardo Cavalcanti, | ter, 20/03/2012 - 12:31
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Depois do estrondoso sucesso dos primeiros filmes da Saga Crepúsculo (e dos livros), a jornada dos vampiros brilhantes (sem trocadilhos) nos cinemas está chegando ao fim. O quinto filme da série (equivalente a segunda parte do quarto livro de Stephenie Meyer) deve chegar em 16 de novembro e conta o que acontece depois do nascimento de Renesmee, quando os Cullens juntam outros clãs de vampiros para proteger a criança num possível embate contra os Volturi. 

E para já entrar no clima, confira o primeiro teaser do filme dirigido por Bill Condom e que mantem o elenco encabeçado por Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner, e apresenta a pequena Mackenzie Foy no papel de Renesmee.

 

Os melhores e os piores do ano

Eduardo Cavalcanti, | ter, 03/01/2012 - 18:36
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2012 chegou e com ele vários lançamentos de peso no universo cinematográfico. Mas, na primeira semana do novo ano,  eu queria pedir a sua ajuda, leitor, para que possamos dar mais uma olhada na produção do ano velho e escolher quais foram os melhores e os piores filmes do ano.

2011 foi um ano de crescimento de público, de afirmação de grandes franquias, do retorno de personagens da nossa infância e também de grandes desastres. Em números, de acordo com Mônica Portela, diretora de Marketing da rede UCI, nos cinemas do grupo em Recife, houve um crescimento de 6% no público e de 19% na bilheteria. Os filmes que mais levaram público às salas de exibição foram a animação Rio, que também foi responsável pela maior bilheteria da rede no Estado, A primeira parte de A Saga Crepúsculo – Amanhecer, Harry Potter 7 – parte 2, o nacional De Pernas pro Ar e o quarto episódio de Piratas do Caribe.

Rio, Amanhecer e Harry Potter, inclusive, foram os mais vistos em todo o Brasil em 2011, segundo dados da Filme B.  Já De pernas pro ar, que aparece como um dos filmes mais vistos em 2011 no Recife, chegou aos cinemas em 25 de dezembro de 2010 e não entra na nossa lista, ok?

Mas nem todo filme que atrai público é bom e nem todo filme que é bom atrai o  público. São questões relativas e nem sempre facilmente explicáveis. Com isso, e já pensando nas premiações da sétima arte, resolvemos construir uma lista com os melhores e piores filmes do ano, mas queremos fazer com a sua ajuda. Para isso, sem critérios específicos, reunimos os indicados de toda a redação do Portal LeiaJá e pedimos a sua opinião. E se você não concordar com as opções, utilize os comentários para dar outras sugestões. Caso não consiga visualizar a enquete, clique aqui.

Feliz 2012 cinematográfico para todos!

 

Primeiro trailer de O Hobbit é divulgado

Eduardo Cavalcanti, | qua, 21/12/2011 - 12:14
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Depois de anos de espera e muitas indecisões, o projeto do filme O Hobbit – Uma jornada inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey, EUA, 2012) realmente está andando e a Warner liberou o primeiro trailer do longa, que conta a história de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), um hobbit que é convidado para uma aventura ao lado de um grupo de anões.

Na viagem até a Montanha Solitária, onde devem recuperar um tesouro, há várias interações com personagens de O Senhor dos Anéis, como Frodo (Elijah Wood), Galadriel, (Cate Blanchett), Gandalf (Ian McKellen) e Legolas (Orlando Bloom). 

O filme, cuja história precede as aventuras de O senhor dos anéis, também foi dirigido por Peter Jackson, responsável pela famosa trilogia, e tem estreia prevista para 14 de dezembro de 2012.

Confira o trailer Legendado 

 

Os Muppets estão de volta

Eduardo Cavalcanti, | seg, 05/12/2011 - 11:46
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Foto: Divulgação

Um programa para um sábado a noite,  num final de semana “de folga”,  não podia deixar de ser uma ida ao cinema. Família reunida com o objetivo de matar a saudade dos bonecos criados por Jim Henson e trazidos novamente às telonas pela Disney.  Tendo a certeza de muita diversão, a primeira grande dúvida veio ainda no carro: “quem são esses Muppets, papai?”

Mas bastou o filme começar para perceber que ela não precisava ter conhecido os personagens para se divertir. E o que mais chamou a atenção foi que minha filha não era a única nascida no século XXI a rir. Ao nosso lado, uma garotinha de uns 7 anos ria quase que incontrolavelmente e, na fileira posterior, um garoto de uns 10 anos ria e perguntava ao pai quem eram aqueles personagens engraçados e desengonçados que ele nunca tinha visto. “Porque o nome dele é água?”, perguntou o garotinho fazendo referência ao personagem Walter e uma pequena confusão com o termo água em inglês.

Walter, inclusive, é quem conduz a história. Ao descobrir que o teatro dos Muppets não só estava esquecido e abandonado, mas também prestes a ser demolido, Walter vai a procura de Kermit (o sapo que se chamava Caco na nossa infância e agora vem com o nome original, mesmo na sessão dublada) e o convence a localizar toda a velha turma e fazer mais um show.

Junto com o Robô dos Anos Oitenta eles partem numa jornada que já começa divertida e tem muitos pontos altos. Mas para colocar o show no ar, os Muppets ainda precisam convencer uma emissora de televisão, deixar o teatro apresentável e conseguir uma celebridade. E eles acabam raptando Jack Black, que está fantástico no papel dele mesmo, numa sequência hilária e o “obrigam” a apresentar o show. Outras participações, menores mas também divertidas, foram as de Whoopi Goldberg e da estrela teen Selena Gomez.

Mas e o filme, é bom? Na opinião deste colunista, é sim, e muito.  Uma comédia rápida, inteligente, sem apelações, repleta de referências metalinguísticas e que agrada a fãs do original Muppets Show, das diversas séries para TV, incluindo o famoso Muppet Babies, dos filmes dos anos 80 e 90, e até mesmo àqueles que nunca tinham ouvido falar de Miss Pig, Fozzie, Gonzo, Scooter ou dos outros personagens bonecos.

 

Os vampiros estão chegando

Eduardo Cavalcanti, | dom, 13/11/2011 - 13:21
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Foto: Divulgação

A saga vampiresca de maior sucesso dos últimos tempos está chegando mais uma vez aos cinemas. Bela, Edward, Jacob e cia devem atrair mais uma multidão para conferir a adaptação cinematográfica da obra de Stephenie Meyer. Depois de Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse, chegou a vez de Amanhecer, quarto livro da série, chegar às telonas, com direção de Bill Condon. O último livro da franquia será dividido em dois filmes.

A estreia de Amanhecer - Parte 1 - acontece na próxima sexta (18) e as procura por ingressos é gigantesca, tanto no Brasil quanto em outros países pelo mundo. Só para as sessões da madrugada, a rede UCI vendeu, nos três complexos do grupo no Recife, mais de 3.300 ingressos. Já são 10 salas lotadas.

Agora atenção, se você ainda não leu os livros da franquia e não gosta de saber informações importantes sobre a história, pare a leitura por aqui. No próximo parágrafo, assim como no trailer do filme, há informações que podem ser consideradas Spoilers. 

O quarto livro da saga crepúsculo foi dividido em dois filmes. Na história, após seu casamento, Bella e Edward viajam para o Rio de Janeiro para sua lua-de-mel, onde finalmente cedem à paixão. Bella descobre que está grávida e, durante um parto quase fatal, Edward finalmente realiza seu desejo de tornar-se imortal. Mas a chegada da filha, Renesmee, coloca em movimento uma perigosa cadeia de eventos que encurrala os Cullen e seus aliados contra os Volturi, o conselho de líderes vampiros, preparando o palco para uma batalha sangrenta.

Confira o segundo trailer do filme.

A era Jobs

Eduardo Cavalcanti, | qua, 05/10/2011 - 22:48
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Visionário e extremamente criativo, Jobs marcou toda uma geração e deixa um imenso legado tanto para os "fiéis" seguidores da maçã quanto para os seres humanos comuns que, mesmo sem perceber, foram constantemente influenciados por produtos saídos da cabeça de Steve Jobs. 

Depois de criar a Apple, lançar o primeiro computador pessoal e deixar a empresa, fundou a Pixar e ao criar produtos como Toy Store e Procurando Neno a transformou na grande indústria do entretenimento que ela é hoje.  Em seguida fundou a Next, empresa que vendeu para a própria Apple e que foi o seu passaporte de volta para a empresa que criou numa garagem californiana.

Em seu retorno a Apple, foi o responsável por produtos revolucionários como os iMacs e toda a família dos "i"s: iPhones, iPods, iPads… Mas não foram só os produtos, foram os conceitos que ele introduziu que conquistaram os fãs e seduziram a concorrência. 

Além de desenvolver a tecnologia, investiu sempre em design e acreditava que o importante era investir na "experiência do usuário" desde o momento em que pega a caixa do produto, ou mesmo antes, ao procurar o produto. Jobs provocou revoluções também no mercado varejista, ao lançar o conceito das Apples Stores, e na experiência de desempacotar um novo 'brinquedo tecnológico'. Jobs fez escola e montou um time forte, que já segurou a Apple durante os seus afastamentos para cuidar da saúde, que deve dar continuidade ao jeito Apple de ser. 

E sua personalidade marcante também fica no mundo audiovisual. As produções da Pixar, os comerciais da Apple, o jeito clean de ser, as diversas aparições de seus gadgets em filmes e em seriados… E é a claro, a presença de todos esses produtos nos bastidores da mídia. Filmes usam Apple, TVs usam Apple, pessoas usam Apple. 

O mundo não será o mesmo sem Steve Jobs. Já não se ouve música da mesma forma nem se vê um filme do mesmo jeito. Jobs mostrou que as opções vão além do que o ser humano comum podia imaginar e deixa, além da mulher e dos quatro filhos, uma legião de fãs aos quais me junto para prestar uma homenagem a este grande visionário. 

E desejo força a sua família e a Tim Cook, que já estava a frente da Apple. 

 

E você, o que acha de Steve Jobs? Aproveite o espaço de comentários!

Mudança de hábito

Eduardo Cavalcanti, | qui, 22/09/2011 - 12:41
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Não, a coluna não vai falar do sucesso de 1992 Mudança de Hábito (Sister Act) estrelado por Whoopi Goldberg ou de sua continuação de 1993, nem de nenhuma nova continuação. Mas o título, e não necessariamente o conteúdo do filme, pareceu muito apropriado para abordar a mudança nos hábitos do consumidor brasileiro em relação às idas às locadoras. 

Até a década de 90, quando o filme faturou mais de 230 milhões de dólares só nos cinemas, íamos a locadora com certa frequência e líamos os famosos avisos de "rebobine sua fita". Tinha até uma taxa extra para quem esquecesse de voltar a VHS, além da multa por atraso, claro. Essa ida normalmente era em família, até mesmo porque se pegássemos mais filmes poderíamos ficar mais tempo com eles. 

A busca pelo filme incluía uma olhadinha em todos os lançamentos e na falta "daquele" filme que você queria ver, você acabava levando outro, desconhecido, e descobrindo algo novo. Na hora de devolver, você precisava passar pelas prateleiras repletas de filme e, mesmo sem querer locar algo novo, descobria que "aquele" filme já estava disponível e acaba fazendo uma outra locação. 

Com a chegada do DVD, e até mais recentemente na chegada do Blu-ray, a principal mudança foi o abandono daquele aviso. Mas a rotina continuava praticamente a mesma e as famílias ainda frequentavam as locadoras. A quantidade de títulos aumentou e também a quantidade de cópias, mas o desafio de pegar o "lançamento" no lançamento ainda continuava e sempre alguém ainda acabava ficando com um filme desconhecido. 

Hoje, porém, as locadoras já não são mais as mesmas. Durante a primeira década do século XXI, elas passaram a oferecer ciclista entregador, reserva por telefone, devolução por caixas do tipo "drop box", que dispensam a entrada na loja, entre outras coisas, sempre com o objetivo de dar comodidade. 

Ainda nos anos 2000, surgiu, e chegou também ao Brasil, um novo tipo de locadora, sem endereço físico e na qual você não mais precisa "torcer" para o seu filme estar disponível. Nelas, basta o usuário escolher através do site a lista de filmes que quer assistir e quantos filmes quer ter, simultaneamente, em casa. Daí é só receber o número X de filmes e ficar com eles, sem multa por atraso, até escolher novos filmes para receber. Notem que aqui o consumidor não se desloca e não fica sem filmes em casa, apenas aguarda o entregador fazer a troca dos títulos. 

Muita mudança? Então o que dizer da chegada das locadoras totalmente virtuais ao país, onde você escolhe o filme, faz o download (ou streaming) direto? O formato, já praticado por algumas empresas no país ganhou força com a chegada, no início do mês, da gigante Netflix, que oferece, a um custo fixo mensal, a possibilidade de se assistir a uma infinidade de filmes, sem precisar sair de casa, e sem ter que esperar o entregador e sem ao menos ter mídia física. Basta uma conexão de internet a partir de 512Kbps e não precisa nem do computador, pode ser uma internet TV, um iPad ou até mesmo um vídeo game, como o WII ou o PS2 ou PS3. 

Para finalizar, queria saber o que será dos filmes menores, que eram vistos quando os grandes sucessos já estavam locados? E o que vai acontecer com as locadoras tradicionais, já tão abaladas com a pirataria? Acho que vale a pena refletir! E que tal deixar um comentário? 

Teoria da conspiração?

Eduardo Cavalcanti, | qua, 14/09/2011 - 13:15
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Foto: montagem: Eduardo Cavalcanti

Na última semana, durante uma aula de novas tecnologias no curso de graduação em jornalismo, um aluno trouxe ao debate um questionamento que gostaria de compartilhar com vocês e colher comentários. Eu falava da velocidade na qual as coisas surgem e se tornam obsoletas. Falava das transformações sociais geradas pelo surgimento de ferramentas tecnológicas quando veio a pergunta: “professor, poderíamos dizer que há um conchavo entre Hollywood, as empresas de tecnologia e o governo americano? Porque a maioria dos recursos tecnológicos que chegam ao mercado já apareceram em filmes um pouco antes”.

De imediato a minha resposta foi que não e que era apenas coincidência. Citei alguns exemplos de produtos que apareceram em filmes e, apesar de também serem maravilhosos, nunca viraram realidade, como o carro voador dos Jetsons ou o tele-transporte de seres humanos de Jornada nas Estrelas e aparentemente convenci a turma. 

A aula continuou e aquilo ficou na minha cabeça (e continua). Voltamos ao assunto e levantamos vários exemplos, como o fantástico painel multi touch do filme Minority Report, de 2002. Hoje não é só Tom Cruise que pode usá-lo, ele está na vida real e já faz algum tempo; ou os órgãos mecânicos para seres humanos, presentes desde Robocop, de 1987,  e que hoje estão presentes em muitos homens e mulheres comuns; ou ainda os robôs, como o R2D2 e C3PO, de Guerra nas estrelas - Uma Nova Esperança, de 1977, que hoje embarcam nas missões da Nasa e estão presentes em diversos projetos.

Poderíamos passar dias citando exemplos, mas para finalizar, um dos filmes que mais ‘retratou’ os produtos que utilizamos hoje foi De Volta para o Futuro 2, de 1989. No filme de Robert Zemeckis aparece, entre outras tantas coisas,  um vídeo game controlado apenas por gestos e movimentos do corpo, a possibilidade de se fazer uma vídeo conferência (e olhe que eles nem disseram que podia ser pelo celular), televisões ultrafinas, penduradas nas paredes, nas quais era possível acompanhar múltiplos conteúdos simultâneos e filmes em 3D, por exemplo, ou ainda os tablets e handhelds utilizados pelos figurantes do filme.

Tá, tá, com isso quero dizer que eles já sabiam o que iria acontecer no futuro? Não, claro que não! O que defendo é que a imaginação humana é fértil e que, quando não precisa fazer funcionar de verdade conseguimos sonhar ainda mais e projetar coisas fantásticas, que anos depois se tornarão realidade, quando a tecnologia chegar ao mesmo ponto. Tudo vai se tornar real? Não posso dizer. Vai demorar? Talvez. Um exemplo histórico foi o helicóptero, projetado por Leonardo Da Vinci no século XV e que só veio sair do papel depois da invenção do avião, já no século XX. Mas hoje o intervalo de tempo entre uma ideia futurista e sua concretização é cada vez menor e isso não é só por causa do cinema.

Temos a tendência de criar sonhos e objetos de desejo e a sétima arte tem um papel fundamental de amplificar seus efeitos e elevar os produtos ao status de ‘sonhos de consumo’. Quem não sonhava em ter o vídeo fone, o celular, uma BMW cheia de funções tecnológicas, um sapato voador, ou tantos outros Gadgets que povoam o cinema mundial?

Para reforçar a minha teoria, mostrei que esse modismo lançado pelo cinema não está ligado apenas a área tecnológica, afinal, quem nunca quis ter o óculos escuro de missão impossível ou uma maleta 007? E por falar no agente britânico, ele é outro dos campeões na geração de objetos de desejo, como óculos escuros, relógios,  carros, roupas, e, por que não, os mirabolantes gadgets que o agente “Q” sempre preparava para James Bond e que sempre, inevitavelmente, eram destruídos ao longo do filme .

Mas e você, leitor, o que acha disso? Tudo não passa de uma conspiração governamental para controle das massas, como em Teoria da Conspiração, de 1997, é uma evolução do pensar e do fazer dos seres humanos ou é tudo apenas uma grande coincidência? Aproveite e deixe o seu comentário.

 

 

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