Dia grandioso para os "mirins" no Dona Lindu

Parque ficou lotado no Dia das Crianças para receber o Festival de Circo do Brasil

qua, 12/10/2011 - 20:56
Raquel Monteath/Leia Já Apresentação do Teatro Necessário arrancou gargalhadas e interagiu com o público abertamente Raquel Monteath/Leia Já

O cheiro de pipoca no ar sendo feita na hora anunciava que este era sim um dia de muitas alegrias - e para criança nenhuma botar defeito. Aliás, criança e adulto, porque as atrações escolhidas para a abertura do Festival de Circo do Brasil fizeram a alegria tanto da garotada quando dos pais que compareceram na tarde e noite desta quarta-feira (12), ao primeiro Dia das Crianças do Parque Dona Lindu.

A tarde começou com a contação de histórias dos pernambucanos do Grupo Adrupa, Érica Verçosa e Débora Pimenta, Viramundo e Carminha e Marúcia Coelho. Seguindo a programação, a intervenção de palhaçaria “Sob o sol ou sob a lua tem picadeiro na rua”, da Cia 2 em Cena, fez uma apresentação para muitos, mas alguns tiveram certa dificuldade de assistir a apresentação. “Chegamos às 16h, mas estava muito cheio e optamos por aproveitar o espaço aberto do parque, como a pista de skate”, confessou o militar Marcelo Serafim, que deu de presente ao seu filho João Marcelo, de 7 anos, um skate. “Foi bom também para ele aproveitar melhor o presente dele”.

Realmente, não só as apresentações do Festival de Circo lotaram o parque nesta quarta-feira. Por todo canto que se olhasse, via-se um mar de gente circulando pelo parque, com fila, inclusive, para a galeria de arte Janete Costa, onde está a exposição “Estruturas de Convivência”, que reúne sete obras dos artistas pernambucanos Eudes Mota, Braz Marinho, Gil Vicente, Paulo Meira, Marcelo Silveira e Márcio Almeida.

Talvez os únicos pontos negativos tenham sido as ameaças de chuva que ocorreram a noite e as vaias no início da apresentação da Banda Mirim, de São Paulo, devido ao acúmulo de pessoas em pé que impossibilitavam a visão do público - e o conhecido “senta, senta!” ecoou no início do espetáculo.

Mas nada que comprometesse o empenho e a dedicação dos artistas.“Os três patetas” italianos do Teatro Necessário que o digam. A apresentação internacional do dia revelava, a cada minuto, que uma risada era arrancada da platéia, não só pelo entrosamento do grupo (que revelou ser bastante profissional) mas, principalmente, pela relação de interação que foi estabelecida entre a platéia e os palhaços.

Com um humor típico dos três patetas norte-americanos, os italianos fizeram uma apresentação totalmente muda, e tiveram na interação o seu ponto forte. Em um dado momento, eles chamaram algumas crianças ao palco para fazerem números de equilíbrio, e as crianças subiram nos pés do palhaço experimentando o frio na barriga que resulta na coragem do circense. A platéia vibrava a cada participação e cada criança presente queria ser “a próxima” da vez.

Já a Banda Mirim, de São Paulo, que fechou a noite levou, literalmente, uma senhora “banda” ao palco. Dez profissionais tocavam, dançavam e interpretavam músicas permeadas por temas educativos, como não precisar chorar ao ter que tomar banho, sobre a aceitação do amigo que tem defeitos, Felizardo (que, inclusive, é o nome do espetáculo), sobre sonhos e tantas outros temas lúdicos.

A empresária Ana Paula Evaristo levou sua filha, Ana Luiza, de apenas dois anos, para o parque. “Escolhemos vir até aqui porque a área é boa, é um espaço aberto que dá para brincar ao ar livre, além de que a gente não vê espetáculos como esses gratuitos”, disse a empresária, segurando a pequena Ana Luiza que batia palmas ao som da Banda Mirim.
Flautas transversas, baixo, bateria e até uma sanfona estavam presentes em cena, fechando com uma apresentação primorosa e lúdica esse Dia das Crianças.

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