Livro aborda resistência da imprensa na ditadura militar
"As Capas desta História" é o nome da publicação que resgata capas e manchetes dos anos de chumbo
A luta da imprensa durante a ditadura militar ainda é viva na memória do povo brasileiro, especialmente para os profissionais da área. Para mantê-la intacta, o Instituto Vladimir Herzog criou um projeto onde mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos em exílio durante o regime militar no Brasil, são reunidas em uma publicação. O livro As Capas desta História resgata a dificuldade e perseguição da imprensa nos anos de chumbo e foi lançado nesta quarta-feira (14), em Brasília.
Por meio da Lei Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura (MinC) o projeto Resistir é Preciso foi possibilitado. E a partir dele, Vladimir Saccheta (pesquisa), José Luiz Del Roio (Contexto), Carlos Azevedo (Consultor) e José Maurício de Oliveira (editor de texto) realizaram um trabalho de pesquisa que compreende o período entre o início do golpe militar (1964) e a época da aprovação da Lei da Anistia, em 1979.
O corpo do livro é dividido em sessões: Capas de jornais que rodaram no exílio, Jornais clandestinos, Jornais de movimento operário e estudantil e outras vertentes, entre mais e menos conhecidos. Além disso, depoimentos de 60 jornalistas que vivenciaram a ditadura militar ao driblar negação da liberdade de imprensa, compõem coletânea de 12 DVD’s associada ao livro.