“Quem me conhece sabe que eu falo pouco e toco muito”, diz Lenine Marionaldo Junior/LeiaJá Imagens

“É um prazer, e era um desejo estrear esse projeto aqui. Um projeto que se chama ‘Chão’, então tinha que ser aqui.” Em casa e à vontade, Lenine recepcionou o público na segunda apresentação da turnê de seu mais recente disco, “Chão”, realizada neste sábado (17), no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

Numa atmosfera aparentemente intimista, iluminada por apenas três lâmpadas (que baixavam e aumentavam de intensidade) e palco coberto por um tapete simulando terra batida, Lenine fez a estreia da turnê do álbum, que percorrerá várias cidades de todo o Brasil, além de outros países da América Latina e da Europa.



“Quem me conhece sabe que eu falo pouco e toco muito”, diz Lenine, ao lado de seus dois companheiros de banda, Bruno Giorgi e JR Tolstoi. Considerado inovador e conceitual, o novo trabalho do pernambucano  é o que podemos chamar de um divisor de águas de sua carreira.

Um novo som se apresenta dentro da música de Lenine, tomado por ruídos, elementos eletrônicos. Sons de cigarra, pássaros, de trânsito, buzina, ruídos estranhos, orgânicos. E que casaram perfeitamente com a excelente acústica do local. O trio não engana, não é um show para poucos verem, ou para pequenos espaços. A nova aparelhagem utilizada pelo cantor causa um efeito 360º, como se toda a sala estivesse tomada por sua música. Como se uma banda de dez músicos estivesse se apresentando.



Diferente, o novo repertório pegou o público, de surpresa. Uma ótima surpresa. Guitarras distorcidas, baixo e computador. Mas antigos sucessos estavam lá, como “Jack Soul Brasileiro”, “Leão do Norte”, “Paciência” e “A Ponte”, fazendo o público vibrar, cantar junto.  Tocada por duas vezes, no início e perto do fim, “Isso é só o começo”, do disco novo, abre-alas para um novo momento na carreira do cantor.

As imagens exclusivas do show você confere na galeria do LeiaJá.