Morre em Salvador historiador baiano Ubiratan Castro

Historiador estava internado deste setembro com problemas renais

por sex, 04/01/2013 - 09:13
Divulgação O estado de saúde de Ubiratan piorou em decorrência de uma infecção que se agravou nos últimos dias Divulgação

Por Daniele Vilas Bôas

Faleceu, na manhã desta quinta-feira (3), no Hospital Espanhol, em Salvador, o historiador e professor baiano, Ubiratan Castro, de 64 anos. Ele estava internado desde o dia 30 de setembro e sofria de insuficiência renal. O estado de saúde piorou em decorrência de uma infecção que se agravou nos últimos dias.

Ele era paciente renal crônico, e, por isso precisava de internação para a realização de avaliações periódicas de saúde. Por conta da internação, o professor não pôde participar do lançamento do livro do autor nigeriano, Wole Soyinca, Prêmio Nobel de Literatura, do qual foi o autor do prefácio. 

Ubiratan era diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Ele também pertencia ao quadro de professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e foi um dos fundadores do Centro de estudos Afro Orientais.

O historiador estava afastado da universidade para assumir o cargo de diretor da fundação. Ele ocupava a cadeira 33 da Academia de Letras da Bahia. Em 2010, Ubiratan recebeu em Brasília a Comenda da Ordem Rio Branco, concedida a personalidades e autoridades que realizaram ações em beneficio da sociedade. No primeiro mandato do presidente Lula, o historiador trabalhou com o então ministro da cultura, Gilberto Gil, dirigindo a Fundação Cultural Palmares.

Entre os prêmios e títulos que recebeu, destacam-se: A Medalha do Bicentenário da Restauração Portuguesa da Academia Portuguesa de História, o Troféu Clementina de Jesus da União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a Medalha Zumbi dos Palmares da Câmara Municipal de Salvador. Ele escreveu os livros ‘’A Guerra da Bahia’’, ‘’Salvador era assim – Memórias da cidade e Sete histórias de Negro’’. Lançou em 2009, na cidade de Cachoeira, o livro de contos ‘’Histórias de Negro’’.

O corpo foi velado, nesta quinta-feira (3), no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, às 14h. A cremação será nesta sexta-feira (4), às 10h, no Jardim da Saudade.

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