Contos de fadas revistos em 'Jack, o Caçador de Gigantes'
Após Branca de Neve e o Caçador, de 2012, e Hansel e Gretel: caçadores de bruxas, Hollywood continua sua releitura dos contos de fadas com Jack, o caçador de gigantes, uma combinação de feijões mágicos e sanguinários gigantes. O filme marca a volta de Bryan Singer, diretor de Os Suspeitos e X-Men, cinco anos depois do seu Operação Valquíria, onde Tom Cruise tentava assassinar Hitler.
Jack, o caçador de gigantes (Jack the Giant Slayer), que estreia nessa sexta-feira nos Estados Unidos e chegará às demais salas do mundo ao longo de março, escolhe como tema os contos populares da Grã-Bretanha: João e o pé de feijão e Jack, o caçador de gigantes, ambos já mostrados nas telas de cinema em várias ocasiões. Jack é um é um fazendeiro pobre (intepretado por Nicholas Hoult, estrela em ascensão do cinema britânico), que descobre ter feijões mágicos. Em uma noite de chuva, enquanto uma princesa fugitiva se refugia em sua fazenda, um feijão cai no chão e cresce com a velocidade de um raio, até achegar ao céu.
Em cima do pé de feijão fica um reino de gigantes sedentos por sangue e expulsos do mundo dos humanos desde tempos imemoriais. Jack decide resgatar sua princesa, elevada às alturas com o crescimento da planta, enquanto monstros se preparam para "descer" e invadir a Terra. "Acredito que é uma releitura muito inteligente dos contos originais. Gosto do épico e dos elementos de ação e aventura", disse à AFP Nicholas Hoult, que também estará em breve na grande tela na Espanha e América Latina com a comédia Meu Namorado é um Zumbi. "Além disso, Bryan Singer está por trás das câmeras. Ele é muito talentoso; é um grande narrador, sabe como construir uma história e cativar a audiência", disse Hoult.
Seguindo uma tendência de aventura e fantasia cada vez mais popular em Hollywood, a princesa do filme (interpretada pela britânica Eleanor Tomlinson) é a personagem mais extrovertida da trama, enquanto seu pretendente é mais tímido e retraído, uma característica que não incomoda Nicholas Hoult. "Jack é alguém que tem grandes aspirações. Mais seus pais estão mortos e ele está só com um tio dizendo que cada dia é pior que o outro", disse o ator de 23 anos.
"É um sonhador de bom coração, que faz o que lhe pedem, mas nem sempre funciona como quer. Interpretar esta personagem, fazê-la crescer, tentar a sorte, apaixonar-se, transformá-la em um homem e em um herói era uma perspectiva muito atrativa", disse. O ator teve que lidar com as especificidades das superproduções com efeitos especiais, onde os intérpretes têm que atuar contra personagens inexistentes, neste caso gigantes criados por computadores na etapa de pós-produção.
"Esta é uma forma de interpretação muito técnica, que requer pessoas de absoluta confiança ao seu redor", disse. "Temos que utilizar a imaginação ao máximo, com a esperança de que o que vai aparecer no final seja coerente com o que foi feito" durante a filmagem. Em Jack, o caçador de gigantes, o jovem ator teve a oportunidade de trabalhar com "alguns do 'crème de la crème' do talento cinematográfico".
No elenco estão Ewan McGregor, no papel de um valente e leal cavaleiro, e Stanley Tucci, como o traidor do reino, que decide unir forças com os gigantes. O que aprendeu trabalha com eles? "De Ewan, o feito de estar preso em uma cena e ter novas ideias sem deixar de ser fresco e divertido. E com Stanley, a habilidade de desaparecer atrás de sua personagem", concluiu Hoult.