Orquestra Sinfônica do Recife vai à rua

Praça da Independência (do Diario) foi palco para apresentação da OSR na manhã desta segunda (26)

por Paula Passos seg, 26/05/2014 - 13:11

Entre a correria do dia a dia e a espera do ônibus, muita gente parou para ouvir, na Praça da Independência (conhecida como Pracinha do Diario), no bairro de Santo Antônio, na manhã desta segunda (26), a uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife (OSR). Comandados pelo maestro Marlos Nobre, 26 músicos - integrantes dos naipes de cordas da Orquestra (violinos, violas, violoncelos e contrabaixos) – executaram o terceiro Concerto de Brandenburgo, de Bach.

Segundo Nobre, o objetivo é tirar a pompa que os concertos têm e simplificar ao máximo, para uma integração da música clássica com a população que está rua. “Na Europa é muito comum, então, surgiu a ideia de fazer o mesmo aqui na cidade”, disse o maestro ao LeiaJá. A falta de estrutura gerou, a princípio, resistência por parte dos músicos. “O vento, o sol e a falta de toldo atrapalham um pouco a apresentação, mas a expectativa é positiva. Com arte e música, as pessoas reagem bem”, comentou o chefe do naipe de violas, Josildo Caetano, músico da OSR há 26 anos.

A secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, presente na apresentação, explicou que a apresentação desta segunda foi um projeto piloto, que ainda sofrerá algumas modificações para que aconteça da melhor forma possível. A meta é que a ação seja realizada todo mês, dois dias antes do concerto oficial da OSR, que acontece tradicionalmente no Teatro de Santa Isabel.

De volta ao Recife, depois de 26 anos, o médico Oswaldo Dantas passeava pela cidade quando foi atraído pelo som dos músicos que afinavam os instrumentos antes do início da apresentação. “Muito bom! Saí andando a esmo e encontrei Bach nesta visita acidental”, afirmou Oswaldo. Para Evanise Fernandes foi um momento especial. “Meu pai e meu irmão já tocaram na Orquestra Sinfônica do Recife. Ia passando e lembrei deles”, contou.

Ao final, o maestro Marlos Nobre explicou às pessoas qual a proposta do projeto e de quem era a composição que acabara de ser executada. “Vamos tentar entregar panfletos com informações sobre o que será tocado, para que as pessoas saibam o que estão ouvindo”, acrescentou.

COMENTÁRIOS dos leitores