Naná Vasconcelos, 'o Brasil que o Brasil não vê'
Músico encerrou o Festival Cena Cumplicidades ao lado de Lui Coimbra, na noite deste domingo (9)
Naná Vasconcelos foi a grande atração de encerramento do festival Cena Cumplicidades, na noite deste domingo (9). Ao lado do músico Lui Coimbra, o percussionista fez um show recheado de músicas populares e eruditas.
Antes de subir ao palco, Naná falou ao LeiaJá da alegria de tocar em Olinda, onde não se apresentava há 15 anos. O músico se disse emocionado de tocar com Lui Coimbra, "Celebramos juntos." Os dois já se apresentaram pela Europa e agora trazem o espetáculo para o Brasil.
Ao comentar o repertório do show, o percussionista afirmou: "De uma certa forma, meu trabalho mostra um cenário do Brasil", prometendo apresentar sua obra durante a noite. E arrematou afirmando, "Eu sou um Brasil que o Brasil não vê."
O show mostra composições do próprio Naná, clássicos da música popular, como Pixinguinha e da erudita, como Villa Lobos. No setlist há espaço ainda para a cultura popular, indo de uma toada da Nação do Maracatu Porto Rico - do Recife - à cirandas, cocos, e depois segue para artistas pop como Zeca Baleiro. Tudo com a roupagem peculiar de Naná e Lui.
A plateia foi aumenando a cada canção. O público dançou, cantou e foi até regido por Naná, fazendo lembrar os ensaios para o carnaval que ele comanda no Recife Antigo semanas antes da folia de Momo. "Eu gosto de ouvir a voz da cidade", disse para os que assistiam ao show.
Ao fim da apresentação, uma rápida volta dos músicos, atendendo aos pedidos da plateia, deu as notas finais a uma noite de música de extrema qualidade e a um festival de tantas expressões artísticas.