Em defesa animal, ativistas protestam contra Burguer King

Em São Paulo, o grupo instalou um porco inflável de três metros de altura. A rede de fast food já cessou esse tipo de política em vários países, mas não no Brasil

por Roberta Patu ter, 31/05/2016 - 16:42
Divulgação Ação aconteceu em frente a uma lanchonete da rede de fast food Divulgação

Nesta terça-feira (31), ativistas do Fórum Nacional de Proteção de Defesa Animal realizaram um protesto em frente ao restaurante Burger King, na Avenida Faria Lima, em São Paulo, contra a prática de seus fornecedores em manter galinhas e porcas em gaiolas consideradas pequenas. No local, o grupo instalou um porco inflável de três metros de altura. A rede de fast food já cessou esse tipo de política em vários países, mas não no Brasil.

Durante a manifestação, um dos ativistas representou, com uma máscara do bilionário Jorge Paulo Lemann - um dos donos do Burger King -, o ato de libertar uma ave enclausurada. Lemann é o homem mais rico do Brasil de acordo com a revista Forbes e um dos donos da 3G Capital, fundo de investimentos que controla o Burger King em nível global. Um banner foi estendido com o pedido: “Lemann, acabe com a tortura de animais no Burger King”

Em outubro do ano passado, o Fórum Animal lançou uma petição online junto a oito ONGs latino-americanas pedindo à rede que essa barbárie seja eliminada de sua cadeia em todo o continente. A empresa anunciou que vai extinguir gaiolas para galinhas no mundo todo, mas só estabeleceu data para os EUA, Canadá e México. Nos EUA, se comprometeu a eliminar as gaiolas dos porcos até 2022.

Defesa animal - Na América Latina, a maioria das porcas reprodutoras e galinhas poedeiras mantidas em sistemas industriais é confinada em gaiolas. Um número crescente de empresas vem atendendo a essa demanda. A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina, se comprometeu a eliminar o uso de gaiolas de gestação até 2022.

Esforços do Fórum Animal fizeram com que os três maiores produtores de suínos do Brasil - BRF, JBS e Aurora - se comprometessem a eliminar o uso contínuo de gaiolas nos próximos dez anos. No setor de ovos, a Unilever, dona das maioneses Hellmann’s e Arisco, afirmou que deve eliminar as gaiolas em bateria de sua cadeia até 2020 globalmente, incluindo no Brasil. O Grupo Bimbo - dono de grandes marcas no Brasil como Ana Maria e Pullmann - também prometeu eliminar as gaiolas para galinhas até 2025.

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