Marc Jacobs celebra hip hop e influência na moda esportiva
Acostumado à profusão, desta vez, Marc Jacobs preferiu o minimalismo para marcar o último evento do calendário da Semana de Moda de Nova York
O estilista nova-iorquino Marc Jacobs desfilou o hip hop e sua grande influência no nascimento do estilo esportivo em sua coleção outono/inverno 2017, apresentada nesta quinta-feira (16) em Nova York.
No momento em que a moda está em plena reflexão sobre si mesma, o estilista de 53 anos criou com habilidade os códigos do desfile.
Acostumado à profusão, desta vez, Marc Jacobs preferiu o minimalismo para marcar o último evento do calendário da Semana de Moda de Nova York.
Jacobs esvaziou completamente o Armory, antigo prédio militar de Nova York, deixando apenas uma passarela muito longa bem no meio desse espaço de 5.000 m2, com teto de 25 metros de altura.
Todos os convidados ficavam na primeira fila dos dois lados dessa enorme passarela.
As modelos percorriam essa passarela interminável até sair do prédio e sentar nas cadeiras separadas para elas.
Após o desfile, na saída do prédio, os convidados ficaram cara a cara com as modelos, que usam celulares falsos planejados pelos estilistas.
Durante bom tempo, de cada lado, filmava-se e fazia fotos, principalmente, a cantora Katy Perry, anônima no meio da multidão.
O estilista teria pedido aos convidados para não usar o celular durante o desfile, dentro do prédio.
Na coleção Jacobs mostrou mais uma vez seu talento para criar uma atmosfera em uma direção clara e lógica do conjunto.
Usou e abusou dos acessórios, como chapéus clochê (em formato de sino) que lembravam os "bucket hats" popularizados pela marca Kangol e por vários rappers dos anos 1980.
As modelos também usavam grandes colares em metal com pingente, também um grande símbolo do hip hop.
Grandes casacos, muitos com forro de pele, sapatos de salto de madeira e vestidos leves e curtos voltaram, reminiscentes de desfiles anteriores.
Usando seu lado esportivo, Marc Jacobs colocou na passarela um jogging vermelho, suéteres com fechos e calças amplas.
Para o estilista, o hip hop sempre foi um "movimento cultural", que "abriu caminho para uma nova linguagem de estilo".