Humorista Falcão exalta figura do corno em show no Recife
Para o humorista cearense, as apessoas que passam pela experiência da traição acabam ficando mais inteligentes e sensíveis
A irreverência do cantor e humorista Marcondes Falcão tomou conta do Teatro RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, na noite desta quarta-feira (22). O cearense, que abriu a temporada de humor da casa, trouxe o espetáculo ‘Altamente + ou -‘, e garantiu inúmeras risadas do público presente. Com duas horas de duração, o show contou com humor, música e dose de alegria.
Em entrevista ao LeiaJá, o artista falou da nova fase do humor, das mudanças no cenário e dos novos desafios. O humorista, que transita pela música, peças teatrais, humor e dramaturgia, diz que agora só falta fazer televisão. “Acabamos de fazer o filme 'Cine H' e confesso que a única coisa que falta fazer é participar de novela na Globo. Já pensou, eu e Cláudia Raia, por exemplo, que par romântico?”, brincou.
Quando a temática é o ‘novo humor’, Falcão avalia com tranquilidade. “Acredito que toda época tem seu estilo, seu mote e seu humor, mas acho que a dificuldade é a mesma. O povo diz que a política do País ajuda a fazer humor, mas nem tanto. O cara tem que ter um time. Essa turma que chegou agora, que pega o cotidiano e fala sobre isso, é muito interessante”, disse.
Falcão leva o "ser corno" por onde anda. Para ele, todo mundo deveria ser traído para conseguir aflorar a sensibilidade. “Todo mundo tem que ser corno, pelo menos uma vez na vida. Para sentir e captar as emoções melhor. Eu faço essa cruzada, que ser corno não dói, e o cara fica muito mais sensível e inteligente depois que leva um chifre. Inclusive, eu acho se tivesse mais corno em Brasília, as coisas seriam muito mais interessantes”, concluiu. O último show de Falcão no Recife foi há dez anos, quando o Teatro do Parque ainda estava em funcionamento.