Editora vai relançar mais duas obras de Dalcídio Jurandir
Depois de "Ponte do Galo", Pará.Grafo abre financiamento coletivo na internet para a reedição de "Três Casas e um Rio" e "Os Habitantes", outros clássicos do consagrado escritor paraense
O sucesso da campanha na internet que ajudou a reeditar o livro "Ponte do Galo", do romancista paraense Dalcídio Jurandir, motivou a Pará.Grafo Editora a partir para uma nova iniciativa: relançar mais dois livros do autor, esgotados há décadas: “Os Habitantes” e “Três Casas e um Rio”. O projeto de financiamento coletivo (também chamado de crowdfunding) fica no ar entre 02/12 e 31/01, no site Catarse.
As edições terão apurado acabamento gráfico, ilustrações da artista plástica e escritora Paloma Franca Amorim e versão em e-book, informa a editora. Os apoiadores podem receber como recompensas exemplares numerados, miniaturas do autor, pôsteres com as ilustrações do livro (reproduções ou mesmo originais), entre outras opções. Também há a opção de livrarias e empresas participarem da iniciativa, com condições especiais.
Dalcídio Jurandir (1909-1979) nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, e morreu no Rio de Janeiro. Escreveu onze romances, dos quais dez formam o chamado Ciclo do Extremo-Norte. Recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Teve edições em Portugal e na Rússia. Colaborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais. É considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX.
Nos livros do Ciclo, através da saga do menino Alfredo, o autor descreve o horizonte amazônico a partir do contexto humano e geográfico com a riqueza de suas imagens, suas expressões linguísticas típicas, a cultura e, até mesmo, as concepções sociopolíticas. Retrata com plasticidade a existência humilde de personagens que são pequenos proprietários de terra, barqueiros, ribeirinhos, pescadores, vaqueiros, a matéria humana a que Dalcídio chamava a sua "criaturada do Marajó". Compõem o Ciclo: “Chove nos Campos de Cachoeira” (1941), “Marajó” (1947), “Três Casas e um Rio” (1958), “Belém do Grão Pará” (1960), “Passagem dos Inocentes” (1963), “Primeira Manhã” (1967), “Ponte do Galo” (1971), “Os Habitantes” (1976), “Chão dos Lobos” (1976) e “Ribanceira” (1978).
Os livros - “Três Casas e um Rio” foi lançado em 1958, com capa de Cândido Portinari, e teve outras duas edições, sendo a última em 1994, tornando-se objeto de luxo nos sebos do país. É o terceiro livro do chamado Ciclo do Extremo-Norte, série romanesca de dez livros de Dalcídio Jurandir, iniciada com “Chove nos Campos de Cachoeira”. Esta quarta edição será lançada em comemoração aos 60 anos da primeira.
“Os Habitantes, de 1976”, nunca foi reeditado, tornando-se um livro raro. Esta será sua segunda edição, após mais de 40 anos. É o oitavo livro do Ciclo, logo após o “Ponte do Galo”.
A reedição de “Três Casas e um Rio” tem fotografia de Elza Lima e prefácio da professora Marli Tereza Furtado. “Os Habitantes” tem fotografia de Mário Miranda Filho e prefácio do professor Willi Bolle. As ilustrações dos dois livros são de Paloma Franca Amorim. Glossários, professora Rosa Assis. André Fernandes e Dênis Girotto trabalham na edição, diagramação e design.
Serviço
Mais informações: email e.paragrafo@gmail.com
Editores: Dênis Girotto – (91) 98448 4718, André Fernandes – (91) 98253 6095
www.e-paragrafo.com.br/livraria
Catarse: https://www.catarse.me/dalcidiojurandir
Da redação do LeiaJá Pará.