Chefs apostam no afeto para incrementar suas receitas
Cozinha afetiva tem sido cada vez mais comum em grandes restaurantes
Já diziam os mais antigos, comida boa é aquela feita com amor. Na cozinha, além dos ingredientes corretos e técnicas necessárias para realizar a 'alquimia' nas panelas, a afetividade e o sentimento são outras duas ferramentas que não podem faltar para um resultado saboroso. Alguns chefs têm apostado nestes detalhes para incrementar os cardápios de seus restaurantes. Joca Pontes, do Ponte Nova, e Biba Fernandes, do Chicama, são dois exemplos disso.
No restaurante Ponte Nova, o chef Joca lança mão de algumas receitas de sua avó irene. Entre elas estão o Filé Mignon, que leva o molho especial da 'Vó' em um medalhão de filé grelhado, acompanhado de macaxeira chips e purê clássico com queijo coalho, minas padrão e manteiga. Para a sobremesa, os Biscoitos da Vovó Irene. Além da matriarca da família, Joca também homenageia um de seus amigos, o chef Rivandro França, no prato Filé do Riva, que é composto de medalhões de filé grelhados na manteiga de garrafa, arroz Jasmine com queijo coalho, ervas e castanhas, crocante de feijão verde, vinagrete de cenoura com mel de engenho e croquete de macaxeira.
Já no Chicama, os homenageados são os filhos do chef Biba Fernandes. Cauã inspirou o Cauã Del Mare, uma receita que leva arroz cremoso com molho de tomate, leite de coco e camarões, lagosta, anéis de lula e polvo. A menina Beatriz deu nome ao Bia Del Mare, que traz camarões gratinados sobre linguine ao pesto de manjericão e concasse de tomate. O objetivo de ambos os chefs é atingir a emoção dos clientes através do afeto no preparo dos pratos, desde a concepção da receita até sua chegada à mesa.