Editora lança campanha para reeditar Dalcídio Jurandir
Pará.grafo já recolocou no mercado “Ponte do Galo”, “Três Casas e um Rio” e “Os Habitantes”, do escritor paraense. Agora abre financiamento coletivo para relançar “Chove nos Campos de Cachoeira” e “Chão dos Lobos”.
A Pará.grafo Editora, de Bragança, município da região nordeste do Pará, lançou uma nova campanha para financiar a reedição das obras do romancista paraense Dalcídio Jurandir. O objetivo é devolver para as estantes brasileiras as obras esgotadas do autor, que são importantes para a literatura regional e nacional.
Projetos anteriores ajudaram a reeditar os livros “Ponte do Galo”, “Três Casas e um Rio” e “Os Habitantes”. Já nesta campanha, as obras escolhidas foram “Chove nos Campos de Cachoeira” e “Chão dos Lobos”, ambas esgotadas atualmente. As novas edições possuem um apurado acabamento gráfico, ilustrações internas e versão em e-book. A campanha fica no ar entre os dias 20/10 e 19/12, no site Catarse.
Dalcídio Jurandir foi um romancista do modernismo brasileiro que teve 11 romances publicados e o conjunto de sua obra premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1972. Seus livros hoje são raros e se tornaram relíquias devido à falta de novas edições, embora sejam ainda objeto de estudos e pesquisas acadêmicos.
Os apoiadores da campanha recebem como recompensa exemplares numerados, miniaturas do autor, camisas, ilustrações originais e únicas usadas na edição, a possibilidade de ter o nome impresso no livro, entre outras opções. Também há a opção de livrarias e empresas apoiarem a iniciativa, com condições especiais.
Dalcídio Jurandir Ramos Pereira nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó. Escreveu onze romances e dez de suas obras formam o chamado “Ciclo do Extremo-Norte”. Ele recebeu, em 1972, o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Dalcídio colaborou como jornalista e cronista em vários jornais e revistas do país. Além disso, é considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX. O escritor morreu em 16 de junho de 1979, no Rio de Janeiro.
Nos livros do Ciclo do Extremo-Norte, estão as seguintes obras:
Chove nos Campos de Cachoeira (1941)
Marajó (1947)
Três Casas e um Rio (1958)
Belém do Grão Pará (1960)
Passagem dos Inocentes (1963)
Primeira Manhã (1967)
Ponte do Galo (1971)
Os Habitantes (1976)
Chão dos Lobos (1976)
Ribanceira (1978)
A Pará.grafo Editora visa à reedição de obras literárias importantes do Pará e da Amazônia que se encontram fora de circulação. Além de Dalcídio Jurandir, de quem pretende relançar todos os títulos, a editora vai trabalhar com outros autores fundamentais da nossa cultura cujos livros se tornaram raros ou completamente esgotados.
Mais informações com os editores da Pará.grafo André Fellipe M. Fernandes e Dênis Girotto, pelos números (91) 98253-6095 e (91) 98448-4718.
Por Fernanda Cavalcante (Com informações da Pará.grafo).