Érico Brás relata caso de racismo: "A arte me salvou"
Apresentador do 'Se Joga', relembrou o dia em que foi parado pela polícia e revistado porque uma 'fã' o confundiu com um assaltante
O ator e apresentador do programa ‘Se Joga’ Érico Brás participou de uma live com o apresentador Fábio Porchat, na noite da última terça-feira (26) e falou sobre um episódio de racismo vivenciado por ele no início da carreira.
Érico relembrou o dia em que foi parado pela polícia e revistado porque uma ‘fã’ o confundiu com um assaltante e o acusou de ter roubado a sua bolsa. O apresentador não revelou em que ano exatamente aconteceu o ocorrido, apenas falou que foi logo quando iniciou trabalhando com o Bando de Teatro Olodum, em Salvador.
Logo após ter finalizado um espetáculo, Érico saiu correndo para o ponto de ônibus, quando foi abordado por duas viaturas. A vítima do assalto que estava dentro do veículo, apontou para ele dizendo que tinha roubado sua bolsa. Depois da revista policial, o ator explicou que tinha acabado de sair do espetáculo no teatro.
“Ah menino, é você que faz aquela peça?” perguntou a mulher. O ator respondeu que sim e interpretou o personagem, fazendo a coreografia, para que a mulher validasse sua informação de que ele era o ator da peça. Após ter a confirmação da mulher, de que o ator não era o assaltante, os policiais foram embora, mas a essa altura Érico já havia perdido a condução que era a última naquele dia.
Érico fez a relação do sua experiência de racismo com o caso do adolescente João Pedro, assassinado dentro da sua casa no Rio de Janeiro, após uma ação policial. “A arte me salvou. Por um momento eu me vi como um escravo no Mercado Modelo, pulando, provando que eu estava apto pra ser liberto, liberado. Se eu não fosse um artista eu estava f*. E me assustou ainda mais a autoridade da mulher sobre o Estado. Ela comandava o carro da polícia. São coisas absurdas. É como o João Pedro. Mesmo estando em casa você vai tomar um tiro".