Aliança Nacional LGBTI+ repudia bifobia no BBB 21

Presidente da organização afirmou que moverá um processo contra os responsáveis pelos ataques a Lucas Penteado

por Paula Brasileiro seg, 08/02/2021 - 09:27

A Aliança Nacional LGBTI+ publicou, em suas redes sociais, uma nota de repúdio à bifobia sofrida pelo ator Lucas Penteado dentro do BBB 21. No último domingo (7), a organização se posicionou contra os acontecimentos na atração e se colocou à disposição do ex-BBB para ajudá-lo com assistência psicológica e jurídica. Segundo o presidente da Aliança, Toni Reis, um processo será movido contra os responsáveis pelos ataques. 

Na nota, a Aliança Nacional LGBTI+, critica os acontecimentos que levaram Lucas a desistir do reality após ter beijado outro homem durante uma festa na casa. “Um momento histórico de emoção no BBB, com o primeiro beijo entre dois homens e trocas de carinho, que foi seguido de atos preconceituosos, estigmatizantes, discriminatórios e inviabilização de uma orientação sexual. O Brasil mostra sua cara. Infelizmente é um país em que muitas pessoas são extremamente machistas, LGBTIfóbicas, racistas; e o programa televisivo espelha esse comportamento corriqueiro que ocorre fora das câmeras”.

Além disso, a publicação cita algumas participantes do programa, como Lumena, Karol Conká e Pocah, relembrando alguns de seus comportamentos em relação a Lucas. “As atitudes dos demais participantes com Lucas Penteado, de abuso psicológico, excluindo-o de ambientes e das provas, deixando-o de “castigo” inúmeras vezes e ainda por último questionando sua orientação sexual, demonstram a pior face do ser humano”.

NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+ DE REPÚDIO À ATITUDE DE CERTAS/OS PARTICIPANTES DO BBB 2021 CRIMES DE...

Publicado por Aliança Nacional LGBTI em Domingo, 7 de fevereiro de 2021
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Em entrevista ao UOL, o presidente da Aliança, Toni Reis, afirmou que medidas judiciais serão tomadas para responsabilizar aqueles que praticaram ataques contra o ex-BBB. “Nós estamos fazendo uma notificação extrajudicial, porque foi muito forte. Nós estamos, nossas advogadas bissexuais. É a primeira vez que uma pessoa tem que sair por conta de um beijo, porque ela foi perseguida”. 

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