Ex-produtor de Hollywood é acusado de agressão em Londres

Harvey Weinstein, que foi o alvo do #MeToo em 2017, agora tem acusações duas agressões sexuais a uma mulher em Londres

qua, 08/06/2022 - 12:30
Johannes EISELE (Arquivo) Harvey Weinstein chega ao Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova York Johannes EISELE

O ex-produtor de cinema americano Harvey Weinstein, cujo abuso de mulheres desencadeou o movimento #MeToo em 2017, será acusado de agressão sexual no Reino Unido, anunciaram promotores britânicos nesta quarta-feira (8).

Weinstein, 70, um poderoso ex-produtor de Hollywood, é acusado de duas agressões sexuais a uma mulher em Londres em 1996, disse o Crown Prosecution Service (CPS).

Os crimes teriam ocorrido entre 31 de julho e 31 de agosto daquele ano, informou a polícia, especificando que a suposta vítima tem agora cerca de 50 anos.

Em fevereiro de 2020, Weinstein foi condenado nos Estados Unidos por estupro e agressão sexual e sentenciado a 23 anos de prisão, em um veredicto histórico para o movimento #MeToo.

Na semana passada, perdeu em sua tentativa de que um tribunal de apelação de Nova York anulasse a condenação.

Weisntein, que foi um dos homens mais poderosos da indústria de Hollywood, aguarda ser julgado por outras acusações de agressão sexual na Califórnia.

Quase 90 mulheres, entre elas as atrizes americanas Uma Thurman, Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow e a mexicana Salma Hayek, acusaram Weinstein de assédio e agressão sexual, desde que surgiu o caso em 2017.

O produtor de filmes como "Pulp Fiction" (1994), "Shakeaspeare Apaixonado" (1998) e "Kill Bill" (2003) sempre defendeu que todos os seus encontros sexuais foram consentidos.

À medida que chegavam mais acusações nos Estados Unidos, a polícia britânica anunciou que também estava investigando uma série de denúncias de agressão sexual contra Weinstein no Reino Unido.

O CPS lida com casos criminais na Inglaterra e no País de Gales e autoriza a polícia a apresentar acusações após avaliar um caso contra um suspeito.

A chefe da divisão de crimes especiais do CPS, Rosemary Ainslie, disse que as acusações contra o ex-produtor americano são produzidas como resultado de "uma análise das provas" coletadas pela Scotland Yard.

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