Inaugurado nos dias 26 e 27 de março deste ano, o Parque Dona Lindu surgiu como uma nova opção para a prática esportiva, em especial, para o público da Zona Sul. Situado entre as avenidas Boa Viagem e Visconde de Jequitinhonha, o local atrai pessoas de diversas faixas etárias, que utilizam o espaço para treinar e também para manter a saúde em dia.

Em relação aos equipamentos esportivos disponíveis para a utilização dos usuários, o Dona Lindu conta com uma quadra poliesportiva, equipamentos de ginástica, além das pistas de Cooper e esportes radicais – a última é o maior diferencial do local.

No espaço, o público pode praticar futsal, vôlei, skate, aikidô, break dance e ginástica nas oficinas do Programa Círculos Populares de Esporte e Lazer, ministradas nas terças e quintas-feiras, sob coordenação da Secretaria Especial de Juventude da Prefeitura do Recife. Além desses, na quadra poliesportiva também é possível jogar basquete e handebol.

Segundo o titular da pasta municipal, Eduardo Granja, o programa tem aulas ministradas por professores formados e estagiários de educação física, além de agentes comunitários que foram capacitados para dominar a prática pedagógica do projeto que atinge um público entre 400 a 500 usuários no local.  Um exemplo é Maria Nazaré Dias, 58 anos, que falou as suas impressões sobre o projeto e o parque. “É ótimo. Frequento desde o início. Utilizo a quadra para jogos e também faço ginástica”.

O secretário explicou também que, mesmo antes da inauguração oficial do parque, a quadra poliesportiva já estava sendo utilizada pelo público. Esse momento serviu para realizar um diálogo entre representantes do programa com a população. Juntos, eles desenvolveram a metodologia de utilização do espaço, assim como as modalidades que seriam oferecidas pelos Círculos Populares. Eduardo Granja ainda informou que, caso as pessoas solicitem, aulas de outro esporte podem ser incluídas na programação.  

Sobre o impacto, Eduardo comentou aspectos positivos que resultam do projeto. “Para nós, é muito importante a iniciativa por conta da diversidade oferecida. A oferta é maior de práticas esportivas, além do canal de diálogo com a população que a ação proporciona. Tudo isso desenvolve e aprimora as políticas públicas, além de estimular elementos de direitos humanos, saúde, esporte e cidadania”, afirmou.

Essa gama de opções é um dos motivos que levam o jovem Alessandro Júnior, 13 anos, à frequentar o Dona Lindu. “É bom e muito grande. Tem bastante diversidade aqui. Acho ‘massa’”, afirmou.

A pista de Cooper, elemento quase indispensável nos parques do Recife, ganha como aliado o vento da praia e a arborização do local. Esses elementos favorecem a caminhada e corrida do público.

Já a pista de esportes radicais é, sem dúvida, a maior atração esportiva do local.  De acordo com a assessoria de imprensa da PCR, ela é a única do norte-nordeste construída no formato bowl. O desenho se assemelha a uma piscina redonda e favorece a utilização tanto por pessoas já experientes como para os novos praticantes de skate, patins e bicicleta.

O local surgiu como uma nova referência para aqueles que curtem essas modalidades. Na Zona Sul, existia também um mini half na orla de Boa Viagem, que já não é mais utilizado.

Além disso, o Geraldão também tem uma pista de street móvel, contendo diversos obstáculos que favorecem a prática desse tipo de modalidade.  Apesar de situada na região sul da cidade e aberta à população, por conta da proximidade, esse espaço atinge – em sua maioria – bairros como a Imbiribeira, Ipsep e áreas no entorno do Ginásio.

Pelo fato de ter esse diferencial, a pista consegue atrair pessoas de várias idades e também de bairros de Jaboatão dos Guararapes, como o garoto Rômulo Cássio, 17 anos, morador de Candeias. “Já pratico vertical bike há nove anos. Antes, a gente precisava ir até Prazeres para andar na rampa do Monte dos Guararapes. Eu também praticava na pista do Geraldão, mas já estou utilizando o parque há cinco meses”, contou.

O estudante Disney Júnior, 16 anos, deu sugestões para a melhoria da área esportiva. “Eu acredito que um skate park poderia ser construído aqui”, explicou fazendo referência ao estacionamento localizado ao lado da pista de esportes radicais.

O parque enfrenta poucos problemas de infraestrutura e depredação. Nas visitas realizadas pelo LeiaJá, na área esportiva, apenas um pedaço das grades que protegem a quadra e a pista de esportes radicais estão danificadas. No entanto, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) informou, através da assessoria de imprensa, que já existe uma equipe técnica no local fazendo o levantamento das necessidades e, até o final de novembro, todos os ajustes já estarão concluídos. O custo total dos reparos no Dona Lindu, que vão além dos citados acima, será de – aproximadamente – R$ 5 mil reais.