Há 39 anos, o mundo se rendia a Fittipaldi

Piloto foi o primeiro grande nome do país na modalidade

dom, 09/10/2011 - 11:32
Reprodução/Wikipedia

O Brasil sempre foi um celeiro de grandes esportistas, independentemente da modalidade.  A força no futebol, todos já conhecem há um certo tempo, mas na Fórmula-1, competição de mais glamour do automobilismo, o mundo só conheceu, de fato, o talento brasileiro nos anos 70.

No início dessa década, vários pilotos mundo a fora começaram a despontar como Nick lauda, Jack Ickx e mais tardiamente Alain Prost. Junto com essa gama de corredores, surgia aquele que daria as rotas para um país vencedor na modalidade: Emerson Fitipaldi.

O brasileiro, nascido em 12 de dezembro de 1946, em São Paulo, já dava indícios de que seria um grande piloto em 1970, quando ajudou diretamente o seu companheiro de equipe, o austríaco Jochen Jochen Rindt, a conquistar o título mundial individual pela Lotus. Rindt liderava a competição com 26 pontos de vantagem, mas sofreu um acidente gravíssimo e que o tirou a vida no Grande Prêmio da Itália. Para evitar a perda da campeonato e honrar o amigo, o paulista venceu uma das três últimas provas do campeonato, a primeira de sua história na F-1, impedindo que Jacky Ickx, da Bélgica, que previsava ter 100% de aproveitamento, ganhasse os três GPs que precisava para ficar com a taça.

Com o falecimento de Rindt e a ótima apresentação na temporada de 70, Emerson passou a ser o piloto principal da Lotus no torneio. A consagração veio dois anos depois. Em 1972, com cinco vitórias, o brasileiro conquistava o primeiro campeonato mundial da história do país na elite do automobilismo mundial, sendo também o competidor mais jovem a ganhar a Fórmula 1, com apenas 25 anos, oito meses e 29 dias. O recorde só foi quebrado mais de 30 anos depois, com o título de Fernando Alonso, em 2005.

Emerson gostou tanto da façanha que conquistou o Bi dois anos depois, em 1974. No ano seguinte, ele ficou com o vice, perdendo para o campeão disparado Nick Lauda, que ainda venceria a F-1 em 1975 e 1984, o último, em cima do companheiro de equipe Alain Prost.

Ao todo, na F-1, Emerson disputou 149 Grandes Prêmios, 14 vitórias, seis pole positions e outras seis melhores voltas, com um total de 276 pontos. O ótimo desempenho e os títulos conquistados abriram os caminhos para outros compatriotas como Nelson Piquet, tricampeão (1981, 83 e 87), Ayrton Senna, também tricampeão (1988, 90 e 91) e considerado o melhor piloto da história da categoria, além de Rubens Barrichello, Ricardo Zonta, Antonio Pizzonia, Felipe Massa, Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas Di Grassi.

Ainda no automobilismo, Emerson ainda foi campeão campeão da CART (Fórmula Indy), em 1989, e conquistou um bicampeonato nas famosas 500 milhas de Indianápolis, também 89 e outra 1993.

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