Decisão do Pernambucano passada a limpo

Jornalistas e radialistas opinaram sobre a final entre Sport e Santa e sobre o Estadual de maneira geral

sab, 12/05/2012 - 13:26

A comunicação vem crescendo em ritmo avassalador. Isso é um fato, algo praticamente indiscutível. Rádios, televisões, jornais e, mais recentemente, o mundo digital (sites, blogs e redes sociais). A informação é produzida em massa e chega cada vez mais rápido aos leitores, ouvintes, telespectadores ou mesmo curiosos.

Resumindo: não existem desculpas para não estar sempre bem informado em pleno século 21. Pensando nisso, o LeiaJá reuniu opiniões de jornalistas e radialistas sobre a decisão entre Sport e Santa Cruz e o Campeonato Pernambucano em geral.

Confira:

Daniel Leal (Diário de Pernambuco)

Diferente do dito popular que clássico não tem favorito, na minha opinião... Talvez o clássico não tenha um favorito, mas o título sim. É o Sport, já que joga com a vantagem do empate, Mazola parece que, enfim, conseguiu encaixar uma marcação legal na equipe. Tanto é que nas últimas duas partidas decisivas não levou gol. Não fez, mas também não tomou. E vale para essa final não tomar, já que o Sport com o empate se sagra campeão.  Em relação ao jogo eu “espero” que seja feio, um jogo para coroar o Pernambucano durante todo esse semestre. Fraco tecnicamente, com dois finalistas que não demonstraram um bom nível. É um jogo que vai ser fraco, muita pegada, muita marcação e com o final, para mim, com o Sport campeão.

Diego Pérez (TV Jornal)

Falar que vai ser um jogo disputado, equilibrado, travado, isso a gente vem comprovando pelas últimas partidas. Mas vai ser um jogo que, quem tiver um equilíbrio emocional e tático, leva a melhor. Claro que o Sport tem uma vantagem – e deve ser levada em consideração -, mas isso deve ser transformado para conseguir para quem leva a melhor. Palpite não é comigo, pois assim estaria rico apostando na Mega Sena... Mas acredito que o Sport é favorito. Não só pela vantagem, mas por toda campanha, a melhor defesa, o segundo melhor ataque, um aproveitamento fora de casa melhor – o Santa não tem um aproveitamento bom e precisa da vitória -, pelo retrospecto em clássicos, por tudo isso o Sport é favorito.

Felipe Amorim (Folha de Pernambuco)

Desde que entrei para a Editoria de Esportes da Folha de Pernambuco, em 2005, que acompanho o Campeonato Pernambucano com mais assiduidade. Minha primeira função foi cobrir as equipes do Interior. Em seguida, fui "promovido" para setorizar os clubes da Capital. Em cada temporada, acompanhei um time. Hoje, como subeditor, a responsabilidade é a mesma: transmitir a emoção dos gramados na edição que vai às ruas a cada dia. Mas confesso que nessa temporada tem sido uma missão bastante difícil. Culpa do pouco investimento dos nossos clubes para a competição que sempre é tida como "laboratório" para o Brasileiro (seja lá qual divisão for). Pois bem, neste ano, os nossos dirigentes erraram feio na fórmula e o resultado foi um campeonato muito aquém do aceitável para considerarmos de "bom nível", como eles próprios costumam vangloriar-se aos quatro cantos. A primeira partida da final, no Arruda, é um bom exemplo do que estou tentando explicar desde a primeira palavra deste texto. Um jogo chato de se ver e horrível para editar. Não estou reclamando do placar em branco. Minha indignação é a falta de qualidade mesmo dos times. E não retiro nenhuma linha do que disse, se a partida decisiva deste domingo, na Ilha do Retiro, for um 7x6, com vários golaços. Não é colocando um temperinho que o prato principal deixará de ser insosso. Espero, no entanto, que as equipes não tenham medo de perder, joguem mesmo para frente, como é para ser uma final de campeonato, e brindem todos que fazem o Campeonato Pernambucano com um desfecho aceitável. A torcida agradece.

João de Andrade Neto (Jornal do Commercio)

Antes do primeiro jogo eu dizia que estava tudo indefinido, não apontava nenhum favorito. Depois do primeiro jogo, com o empate, o Sport leva um favoritismo. Joga em casa, na Ilha, e joga pelo empate. Também vale lembrar que ainda não perdeu nenhum clássico. O Santa Cruz vai ter que se superar muito para conquistar esse título. Então se tiver que apontar um favorito ao título eu aponto o Sport.

George Guilherme (Rede Globo)

Vai ser um jogo aberto. Não tem nada decidido, não é só chavão. O Sport tem uma vantagem considerável, é óbvio.  Joga em casa por um empate, mas o futebol que os dois times vêm mostrando tudo pode acontecer. Não é uma coisa impossível o Santa Cruz ganhar lá (na Ilha do Retiro), fazer um gol e segurar. O campeonato está bem aberto. O que é bom, né? Chega e tem algo para decidir ainda.

Marcelo Araújo (Rádio Clube)

Todos nós esperávamos que o Santa Cruz partisse para cima e tentasse resolver logo a parada para reverter a vantagem, algo que acabou não acontecendo. Mas pelo placar do jogo, pelo que apresentaram as duas equipes, acredito que está totalmente aberto para a decisão. Tanto o Sport deve manter a postura de jogar com o regulamento, quanto o Santa tem que partir para o tudo ou nada. E tem peças que podem resolver o problema. Mas acho que não tem favorito, a responsabilidade só virou totalmente para o lado do Sport. Isso pelos últimos clássicos, pelo que tem acontecido, o Mazola ainda não conseguiu definir um padrão de jogo, pelo dia do aniversário do clube, por jogar em casa, pela pressão da torcida... Mas isso também não tira a responsabilidade do Santa. Vai ser um jogo bastante pegado, só que ficamos na torcida para que também haja futebol.

Rafael Cabral – Seleção do Rádio

A minha expectativa, antes de mais nada, é de um bom jogo. Em um campeonato que partidas interessantes de se ver foi exceção, a esperança é que o último ato faça tudo valer a pena. O grande problema é que olhando um pouco para trás e observando as declarações dos “personagens”, o futuro não é animador. Mazola Júnior deve colocar novamente o regulamento em campo, e apostar numa formação mais precavida. Já Zé Teodoro, não tem outra alternativa. Tem que ir para cima. Aí, o entrave está na qualidade da sua equipe, que no primeiro jogo, não conseguiu transpor a barreira rubro-negra. Sendo otimista, aposto que a rivalidade, as torcidas e o tempero do Clássico por si só já vai valer a pena. Que vença o melhor.

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