Olimpíada de Londres: favoritos e surpresas
Os Jogos Olímpicos de Londres chegaram ao final deixando muita saudade. Entre os dias 27 de julho e 12 de agosto, a capital inglesa foi o centro das atrações do mundo esportivo. Foram mais de 10 mil atletas, representando 204 países. Cada modalidade geralmente tem seus favoritos para subirem ao pódio, mas nem sempre o favoritismo é concretizado. Às vezes de onde não se espera muito é de onde vêm as mais gratas surpresas. Os Jogos de Londres registraram alguns desses momentos especiais, onde o inesperado aconteceu e o provável não.
Na natação feminina, duas “crianças” roubaram a cena. Primeiro foi a jovem nadadora da Lituania Ruta Meiluyte, ouro nos 100m peito, tornando-se a campeã mais jovem de Londres com apenas 15 anos. A atleta superou a atual bicampeã mundial, a americana Rebecca Soni. Enquanto que a chinesa Ye Shiwen, de 16 anos, assustou o mundo ao levar duas medalhas de ouro. Em uma das vitórias, ela nadou os 50m finais da prova de 400m medley mais rápido que o americano Ryan Lochte, campeão da mesma prova entre os homens. Já na natação masculina, quem aprontou nas águas londrinas foram os franceses. No revezamento 4x100 eles desbancaram o favoritismo dos norte-americanos e levaram o ouro.
Mas foi nas piscinas londrinas que Michael Phelps se tornou o atleta mais premiado da história olímpica. Agora são 22 medalhas, sendo 18 de ouro, duas de prata e duas de bronze. Um feito que vai ser difícil de ser batido. Outro fenômeno dominou as pistas do estádio Olímpico: Usain Bolt. O jamaicano não bateu nenhum recorde mundial, mas levou o ouro nos 100m, 200m e revezamento 4x100m rasos, repetindo o feito de Pequim-2008.
Já no salto com vara, a russa Yelena Isinbayeva, dona de 17 recordes mundiais, incluindo o atual de 5,06 m, manteve o mau desempenho apresentado nas grandes competições do último ciclo olímpico, no qual ficou fora dos pódios nos Mundiais de Berlim 2009 (décimo lugar) e Daegu 2011 (sexto), e perdeu a chance de sagrar-se tricampeã olímpica, conseguindo saltar apenas 4,70 m. A atleta ficou com a medalha de bronze.
Um mulher que roubou a cena foi a jovem russa Natalia Vorobieva, 21 anos, que derrotou a favorita absoluta ao ouro na categoria até 72 kg da luta olímpica estilo livre, a búlgara Stanka Zlateva, dona de cinco títulos mundiais e dois europeus.
No futebol tiveram surpresas e decepções. A bicampeã europeia e atual campeã mundial fez uma campanha pífia. A Espanha, grande favorita ao ouro, acabou os Jogos sem marcar nenhum gol e foi eliminada ainda na primeira fase com duas derrotas (Honduras e Japão) e um empate. Surpresa mesmo foi o México, que nunca havia levado uma medalha de ouro no futebol, e desbancou nada mais nada menos que a seleção brasileira, vencendo na final por 2x1.
As surpresas ficaram também por conta dos países. O Japão, país criador do judô, tinha a meta de conquistar 14 medalhas, conquistando apenas sete, sendo uma de ouro. Para os padrões japoneses, foi muito pouco. Enquanto que a Áustria levou 70 atletas em sua delegação, mas saiu de Londres sem ganhar uma medalha, fato que gerou criticas do Ministro do esporte local.