O futuro incerto da seleção feminina de vôlei
Bicampeãs falam sobre lesões e cogitam descanso da Seleção em 2013
O bicampeonato olímpico mostrou o tamanho da força da seleção feminina de vôlei. Depois de muita comemoração, as atletas falaram sobre a conquista e os planos para o futuro. Assunto este tratado com carinho, principalmente visando o Mundial de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Um desejo é comum a todas as jogadoras, descanso. Seja para tratar lesões ou superar o desgaste psicológico. "Vou falar por mim, mas sei que todas as meninas concordam, necessito dar uma parada. Não é só o corpo, a mente também pede uma pausa", confessa Fabiana, capitã do time.
"Tenho bursite no calcanhar, tendinite nos dois joelhos e desgaste no quadril. Preciso consultar meu médico para ver se está tudo bem", disse Thaísa, que não mediu esforços para superar a dor durante os Jogos.”Tomei muitos anti-inflamatórios. Aguentei o tranco, mas sei que não é bom para o estomago”, completou.
As jogadoras reclamam da falta de folgas, pois todas terão apenas duas semanas de descanso para logo após voltarem aos treinos em seus clubes. Já a ponteira Paula Pequeno pensa na aposentadoria, para poder dedicar mais tempo a sua família, sobretudo a filha.
Até o técnico José Roberto Guimarães decidiu repensar sobre sua permanência na seleção feminina e pediu um tempo à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). “Temos competições importantes nos próximos anos. Se eu continuar, é para ir até o fim. Não vou poder abandonar o grupo antes. Todas terão de treinar mais, se sacrificar mais, então precisamos fechar com aquelas que estão dispostas”, finalizou o treinador.