Análise LeiaJá: Seis pontos importantes do Santa Cruz

A equipe de Esportes do LeiaJá traçou os elementos fortes, os fracos e as incógnitas da Cobra Coral nesta reta final de Estadual. Confira.

por Gustavo Lucchesi sex, 19/04/2013 - 16:27
Shutterstock / Dryka Santos / LeiaJá Imagens

O atual bicampeão pernambucano, assim como em 2011 e 2012, entrou no Estadual deste ano sem o rótulo de favorito. Assim como nas duas últimas temporadas, o Santa Cruz era o time com menos dinheiro para investir em novas contratações entre os três grandes da capital.

Porém, nos dois clássicos que disputou, o time do Arruda provou que está mais vivo do que nunca na luta pelo tricampeonato. Os comandados de Marcelo Martellote venceram o Náutico nos Aflitos e, apesar de ceder o empate no final, fizeram um grande jogo contra o Sport. Se o Santa ainda não é encarado como favorito, mostrou que tem time para ser campeão.

PONTOS FORTES

Dênis Marques

O artilheiro do Pernambucano de 2012 e da Série C do Campeonato Brasileiro demorou a assinar com o Santa para essa temporada, mas quando voltou, mostrou que continua com a corda toda. Mesmo com toda a polêmica das suas ausências em dois treinos, que renderam atritos com treinador e diretoria, Dênis Marques voltou a conquistar o status de ídolo com o que faz de melhor: gols. Como já marcou nos dois clássicos que disputou esse ano, DM 9 chega na reta final da competição como a maior esperança coral.

Defesa

Foram apenas oito gols sofridos no segundo turno. O sistema defensivo tricolor, inclusive, mudou muito na reta final. Primeiro, Vágner se machucou. Depois, César deixou o Santa Cruz para acertar com o América-MG. Porém, a dupla de zagueiros, formada agora por Renan Fonseca e Willian Alves, vem jogando bem e mantendo a consistência da zaga coral

PONTOS FRACOS

Companheiros para Dênis Marques

Se o Santa tem Dênis Marques em ótima fase, o mesmo não se pode dizer dos outros atacante do elenco tricolor. Danilo Santos, Paulo César e Netto Imperador ainda não mostraram nada que faça com que o torcedor tricolor deposite alguma confiança neles. Netto ainda tem a desculpa de não ter tido muitas chances de atuar, mas os dois primeiros deixaram a desejar. Quem ainda tem crédito é Flávio Caça-Rato, que atuou como titular na maioria das partidas do Estadual. Mesmo assim, ainda está devendo, pois no clássico das multidões perdeu gols “de cego”.

Banco de reservas

Com um elenco muito mais modesto do que Sport e Náutico, o Santa Cruz já mostrou que é um time com poucas peças de reposição a altura dos titulares. Exemplo disso é o zagueiro Everton Sena, que vem jogando a um bom tempo improvisado na lateral esquerda. Inclusive, com a ausência de Tiago Costa, o atleta pode ser aproveitado na esquerda nessa semifinal. Enfim, o banco de reservas tricolor fica devendo em qualidade.

INCÓGNITAS

Marcelo Martellote

Após a eliminação da Copa do Nordeste e de um início de estadual cheio de altos e baixos, o técnico tricolor sofreu uma pressão gigantesca vindo das arquibancadas. A relação com a torcida só melhorou após a vitória contra o Náutico e o treinador ganhou um voto de confiança por parte da massa coral. Mas pesa nessa reta final o fato de nunca ter chegado a uma decisão como comandante. A falta de experiência pode atrapalhar em uma final.

Meio–campo

Apesar de contar com bons atletas, citaremos o meio campo tricolor como uma incógnita por causa das inúmeras contusões de dois dos principais jogadores do setor. Natan e Renatinho são peças fundamentais nos esquema do técnico Marcelo Martellote, mas vivem desfalcando o time por conta das repetidas lesões. Sendo assim, a presença de ambos nessa fase final da competição corre o risco de não acontecer.

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