Náutico é goleado e continua sem marcar na Série A

Em dois jogos pela Séria A, Timbu tomou cinco gols e não marcou nenhum

por Clauber Santana qua, 29/05/2013 - 23:01

Com apenas duas rodadas o Náutico já sente a pressão da torcida, sofre duas derrotas e é o lanterna do Campeonato Brasileiro da Série A sem pontos conquistados. Nesta quarta-feira, nos Aflitos, o Timbu perdeu para o Vitória-BA por 3x0. Os gols dos baianos foram marcados por Maxi Biancucchi (duas vezes) e Edson Magal.

O resultado refletiu a qualidade do Timbu em campo. Um time desorganizado, sem criatividade e com uma defesa fraca. Por isso, a torcida não perdoou. O time foi vaiado e o técnico Silas chamado de burro. A diretoria também foi alvo de críticas, sobrou até para o colegiado, que foi formado há pouco tempo e contratou apenas dois atletas.

Agora, os alvirrubros se preparam para a despedida dos Aflitos, domingo, às 18h30, contra a Portuguesa. Já o Leão enfrenta o Vasco, no Barradão, no sábado, também às 18h30.

Em falhas da defesa do Náutico, Vitória marca duas vezes

O Timbu tentou tomar as rédeas da partida logo no início. Tinha mais posse de bola, mas não conseguia penetrar na bem postada defesa baiana. Com nove minutos, os alvirrubros assustaram pela primeira vez. Caion aproveitou o vacilo de Gabriel, avançou com velocidade e cruzou para Élton, que mandou com perigo ao lado da trave do goleiro Wilson. Pouco tempo depois, o técnico Silas foi obrigado a fazer a primeira substituição. O volante Elicarlos sentiu uma lesão muscular e foi substituído por Auremir.

Assim que a substituição aconteceu, o Vitória abriu o placar. Aos 12, o zagueiro Victor Ramos lançou para área. Após a disputa de bola, Maxi Biancucchi saiu na frente do goleiro e arrematou para o gol para deixar o marcador em 1x0 para os visitantes.

 A equipe do técnico Silas jogava com três volantes e sofria com a falta de criatividade. Rodrigo Souto atuava mais à frente e deveria ser o responsável pela criação das jogadas. Mas, dos pés dele nada de produtivo ofensivamente saiu.

E mesmo sofrendo pouca pressão, o técnico Caio Júnior resolveu se precaver. Aos 22 minutos, tirou o lateral-esquerdo Danilo Tarracha e colocou o zagueiro Fabrício. A intenção do treinador era deixar um defensor na sobra e evitar tomar sustos.

Quando a etapa inicial caminhava para o fim, o Vitória ampliou a vantagem. Aos 47 minutos, um escanteio foi cobrado e a defensiva alvirrubra afastou. Porém, ninguém que vestia vermelho e branco estava no rebote. Com liberdade, Edson Magal chutou forte de fora da área e acertou ângulo direito de Felipe. A torcida que já estava insatisfeita, nem esperou o apito final do árbitro, que aconteceu logo depois, para vaiar o time.

Leão mata o jogo no início do segundo tempo

O comandante do Náutico não tinha outra alternativa e voltou do intervalo com um time ainda mais ofensivo. Rodrigo Souto foi sacado e deu vaga a Jones Carioca. Sendo assim, os alvirrubros começaram a segunda etapa com quatro atacantes. Mas quem esperava uma pressão dos donos da casa, se enganou. Aos quatro minutos, foi o Leão quem balançou as redes, mais uma vez. O argentino Maxi Biancucchi tabelou com Edson Magal, driblou Luís Eduardo e com facilidade chutou para o gol.

Logo depois, Élton saiu machucado e foi substituído por Marcus Vinícius. Talvez não pela substituição, mas sim pela postura do time, a torcida começou a chamar o técnico Silas de burro e a gritar olé na troca de passes do Vitória.

As críticas vindas das arquibancadas seguiram durante todo o segundo tempo. Cada vez com menos forças, já que muitos torcedores desistiram antes mesmo dos 15 minutos. E esses que preferiam ir para casa, não perderam muita coisa. Em campo, nada justificou o ingresso pago pelos alvirrubros, muito menos um destaque neste texto.

 

Ficha do jogo

Náutico 0

Felipe; Maranhão, João Felipe, Luís Eduardo e Bruno Collaço; Elicarlos (Auremir), Martinez e Rodrigo Souto (Jones Carioca); Caion, Élton (Marcus Vinicíus) e Rogério. Técnico: Silas

Vitória 3

Wilson; Nino Paraíba (Reniê), Gabriel Paulista, Victor Ramos e Danilo Tarracha (Fabrício); Neto Coruja, Edson Magal, Escudero e Renato Cajá; Maxi Biancucchi e Dinei (Giancarlo). Técnico: Caio Júnior

Local: Estádio dos Aflitos (Recife)

Árbitro: Alício Pena Júnior (MG)

Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Pablo Almeida Costa (Ambos de MG)

Gols: Maxi Biancucchi (aos 12 do 1º/T e aos quatro do 2º/T) e Edson Magal (aos 47 do 1º/T);

Cartões amarelos: Danilo Tarracha, Gabriel Paulista, Fabrício, Dinei e Wilson (Vitória)

Público e Renda: 11. 230 / R$ 175. 520,00 

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