Presidente do Bayern será julgado por evasão fiscal
O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, será julgado em março do próximo ano sob acusação de evasão fiscal. Juízes decidiram na semana passada admitir a acusação contra o dirigente e levar o caso a julgamento, informou nesta segunda-feira o tribunal estadual de Munique.
O julgamento foi marcado para começar em 10 de março e, apesar do processo que corre na Justiça, o Bayern garantiu, por meio de nota publicada em seu site oficial nesta segunda, que Hoeness seguirá desempenhando normalmente a sua função à frente do clube.
Hoeness foi formalmente acusado de evasão fiscal por promotores alemães no final de julho, quando ganhou o prazo de um mês para apresentar uma defesa. Antes disso, o dirigente precisou se explicar com as autoridades alemãs, no início deste ano, em razão de quantias não declaradas anteriormente ao fisco alemão e que estavam em uma conta bancária na Suíça. Suspeito de sonegação fiscal, ele é acusado de ter deixado de pagar milhões de euros em impostos.
O tribunal de Munique deverá realizar quatro dias de julgamento entre 10 e 13 de março e informou que planeja convocar quatro testemunhas para depor, mas não identificou quais seriam estas pessoas, assim como evitou trazer detalhes ou quanto dinheiro teria sido sonegado por Hoeness, em linha com as leis de sigilo fiscal vigentes na Alemanha.
Em maio passado, o conselho de supervisão do Bayern, assim como fez agora, apoiou a permanência de Hoeness na presidência, apesar da investigação em curso envolvendo o mandatário. Na época, o atual campeão europeu e alemão informou que o cartola se desculpou e se ofereceu para deixar o cargo temporariamente até o desfecho do seu caso, mas a direção da equipe de Munique foi unânime em pedir pela continuidade do presidente.