Aidar estuda nomes para assumir o futebol do São Paulo
Como sua eleição para presidente do São Paulo é apenas uma questão de tempo, Carlos Miguel Aidar agora quebra a cabeça para pensar a formação da sua diretoria e estuda especialmente quem chamará para comandar o departamento de futebol do clube, foco das maiores críticas na gestão do atual mandatário, Juvenal Juvêncio.
O candidato da situação, cuja chapa conquistou 49 das 80 cadeiras no Conselho Deliberativo na eleição ocorrida no último sábado, ainda não tem um nome definido e começa a fazer sondagens. Leonardo, ex-jogador do clube, e até mesmo Zico, ídolo no Flamengo, foram nomes que Aidar cogitou, mas ele não chegou a uma conclusão.
Os 80 escolhidos na eleição de sábado agora se juntarão aos 155 conselheiros vitalícios do clube para votar no sucessor do atual presidente, no pleito marcado para 16 de abril, quando acaba o mandato de Juvenal Juvêncio, que ficou oito anos no cargo. E a vantagem da situação parece ser definitiva para eleger Aidar.
O candidato espera apenas a eleição para presidente, no dia 16 de abril, para anunciar sua diretoria, mas a vantagem aberta na eleição do Conselho Deliberativo já o faz projetar o futuro. "Sem dúvida, a eleição está resolvida", afirmou Aidar.
Uma opção considerada para o futuro do futebol são-paulino é Marco Aurélio Cunha, voz mais estridente da chapa de oposição e maior crítico do último mandato de Juvenal Juvêncio. Conselheiros dos dois lados reconhecem que a combinação entre Aidar e Marco Aurélio formaria a "chapa dos sonhos", já que o ex-superintendente de futebol do São Paulo tem grande aceitação entre os jogadores, apelo com a torcida e bom trânsito na imprensa. Reservadamente, o agora oposicionista não esconde que pensaria em um eventual convite, mas só se ele viesse em um momento de tranquilidade do clube.
Aidar ainda estuda uma reaproximação com a chapa de oposição, mas prefere esperar porque sabe que trazer Marco Aurélio para sua gestão seria visto por Juvenal como uma traição sem perdão, já que o presidente vive em pé de guerra com o ex-colaborador e ex-genro. Dessa forma, o mais provável é que esse estreitamento de laços aconteça só nos próximos meses.
O vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, não deve ser mantido no cargo. Do atual "núcleo duro" da gestão de Juvenal, apenas Júlio Casares deve ser ficar no departamento de marketing, embora ele sonhe com um posto de destaque no futebol. Já Gustavo Vieira de Oliveira, gerente executivo, foi bastante elogiado e faz Aidar cogitar mantê-lo.