Pole Dance vira atração no Parque Dona Lindu
O evento foi parte da campanha pela legitimação do esporte
O Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foi o palco escolhido para a segunda edição da campanha nacional pela legitimação do Pole Dance. Neste domingo (28), praticantes do esporte se reuniram no local para mostrar a população os benefícios da atividade.
Vanessa Olliver, organizadora do evento no Recife, explicou as diferenças entre o pole sensual e o esportivo. “A diferença começa pela roupa utilizada. No esportivo usamos roupas de academia mesmo, e fazemos exercícios diferentes”, afirmou Vanessa, que também é presidente da Federação Pernambucana de Pole Dance.
Ela também comentou que competições do esporte já existem no País, e o que falta para que o Pole Dance seja legitimado. “Já existe o Campeonato Brasileiro, Copa do Mundo, Pan Americano e Regional. O esporte já é registrado, já existe o código de ética e o código de arbitragem, todos já foram enviados para o COI (Comitê Olímpico Internacional) há dois anos e eles ainda não analisaram. Eles dizem que vão legitimar, mas não dão um prazo específico”, explicou.
A Personal Trainer Gica Almeida, 39, é dona de uma academia em Caruaru, no Agreste do Estado, e começou a praticar o Pole há três meses com o intuito de aprender dar aulas na academia. “Ele trabalha o equilíbrio, coordenação motora, flexibilidade, condicionamento físico e a autoestima. Seria muito importante (a legitimação) para tirar a conotação sensual. É um esporte como outro qualquer, que exige muito condicionamento físico. O Pole tem muito movimento de balé, paralelas, ginástica rítmica e artísticas, que foram colocadas em uma barra vertical”, falou Gica.
Silvia Maria Alves, 49, começou a praticar o Pole Dance com o intuito de surpreender o namorado, mas percebeu que o corpo começou a mudar e hoje não pensa mais em parar. “Queria fazer uma surpresa para o namorado, mas comecei a me sentir bem e senti vários benefícios no corpo. Quando eu comecei, há um ano e dois meses, eu pesava 80 quilos. Hoje eu tenho 60. Quando a gente nota a transformação no corpo, nos sentimos muito bem. Acho que se eu parar de fazer o Pole eu fico doente”, disse sorrindo a auxiliar administrativa.
O evento chamou a atenção de quem passava pelo parque. A vendedora Maria de Nazaré, 42, resolveu parar para observar o esporte. “Estava passando por aqui e resolvi parar para ver. O que mais me chamou a atenção foi uma menina bem novinha fazendo os movimentos pendurada”, explicou a comerciante.