Guadalajara desiste de sediar Mundial Aquático
A Comissão Nacional de Cultura Física e Esporte revelou que a crise econômica atravessada pelo país impedirá que ele receba o evento
O governo do México anunciou nesta quarta-feira que a cidade de Guadalajara não sediará mais o Mundial de Desportos Aquáticos de 2017. A Comissão Nacional de Cultura Física e Esporte (Conade, na sigla em espanhol) revelou que a crise econômica atravessada pelo país impedirá que ele receba o evento, que reunirá mais de 2000 atletas de seis modalidades aquáticas.
De acordo com comunicado divulgado pela Conade, a crise mexicana obrigou o governo a cortar gastos em diversas áreas. Entre elas, o país decidiu não gastar os US$ 100 milhões previstos em infraestrutura para o Mundial. Com a desistência, o México terá um prejuízo bem menor, uma vez que havia desembolsado somente US$ 9,5 milhões e precisará pagar US$ 5 milhões de multa pela rescisão de contrato com a Federação Internacional de Natação (Fina).
"Depois de analisar o planejamento da Conade e sua perspectiva, foi determinado informar à Federação Internacional de Natação (Fina) que o México não vai abrigar o Mundial", disse Jesús Mena Campos, diretor-geral da Conade.
Em janeiro, a Secretaria da Fazenda e Crédito Público do país determinou uma revisão na estrutura de gasto do governo, que resultou em um ajuste de 124,3 bilhões de pesos (quase US$ 8,5 bilhões). Isto resultou no cancelamento de diversas obras, incluindo a construção de um trem na península de Iucatã e a suspensão de outro trem entre a Cidade do México e Querétaro.
Apesar do cancelamento do acordo com a Fina, o governo mexicano garantiu que manteve as boas relações com a entidade. "Já tive a oportunidade de conversar com o presidente da Fina, o doutor Julio César Maglione, que lamentou esta situação, mas entendeu as circunstâncias e reiterou apoio e respaldo às atividades aquáticas em nosso país", garantiu Jesús Mena Campos.