COI vê parte de obras da Olimpíada sob 'muita pressão'
Segundo o COI, as obras do velódromo, da pista de hipismo e do campo de golfe estão com o cronograma apertado
A oitava visita da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos do Rio terminou com uma preocupação. Segundo o COI, as obras do velódromo, da pista de hipismo e do campo de golfe estão com o cronograma sob "muita pressão", o que poderá atrapalhar a realização de eventos-teste previstos para o segundo semestre deste ano.
Quem usou a expressão foi a própria presidente da comissão, a marroquina Nawal El Moutawakel, durante coletiva de imprensa realizada em um hotel em Copacabana, nesta quarta-feira. A entrevista que encerrou a visita oficial de inspeção do COI.
"Nós queremos dizer que há muita pressão no cronograma para essas provas em função dos eventos-teste", afirmou Nawal. "O Rio está entrando no período mais intenso (de preparação), em que precisa entrar num grande nível de detalhamento e entregar 21 eventos testes. Um exemplo dessa intensidade são o campo de golfe, o velódromo e o hipismo." O evento-teste de hipismo está previsto para acontecer em agosto.
O alerta sobre essas três instalações contrastou com a percepção do COI em relação aos demais equipamentos olímpicos que estão sendo construídos. "Ficamos muito impressionados com o progresso nas instalações olímpicas. Visitamos o Parque Olímpico e o Complexo de Deodoro na segunda-feira, e ambas as áreas estão nos trilhos", assegurou Nawal.
ACOMODAÇÕES - Outro ponto que mereceu atenção da comissão diz respeito à hospedagem. "Uma força-tarefa está se reunindo para que todos os envolvidos possam ter um quarto para comparecer aos Jogos Olímpicos", afirmou Nawal.
Quando da candidatura, o Rio se comprometeu a quase dobrar o número de quartos na cidade, saltando de 20 mil para 36 mil vagas de hospedagem. Além de novos hotéis, uma das soluções encontradas seria o aluguel de cinco navios que ficariam ancorados na cidade. Na terça-feira, o prefeito Eduardo Paes declarou que essa era uma questão já resolvida, e que somente um navio será necessário.
Não foi o que deu a entender a comissão do COI. Christophe Dubi, diretor executivo dos Jogos Olímpicos, afirmou que "é sempre um desafio ter de acomodar 40 mil quartos de hotel".
Mas o sempre otimista Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio, garantiu que tudo será resolvido. "Ganhamos os Jogos Olímpicos com 18 mil quartos, hoje temos mais de 36 mil e outros estão em andamento. A um ano e meio da Olimpíada eu não tenho a menor dúvida de que atingiremos o número necessário."