União dura menos de um dia e Náutico terá bate-chapa
Edno Melo e Marcos Freitas voltam a ser adversários políticos na disputa presidencial
A tão surpreendente união das chapas do Náutico não durou mais que 24h. Antes unidos em prol do clube para tentar acalmar o ambiente político que vinha turbulento, Edno Melo e Marcos Freitas romperam o acordo e voltaram a ser adversários políticos na eleições que irão ocorrer no próximo dia 13 de dezembro. O anúncio foi feito pelo grupo “Vermelho de Luta” por meio de nota, em que explica que divergências de cargos e pressão de torcedores motivaram o rompimento.
Na terça-feira (24), dia em que foi anunciado o acordo, alguns representantes do grupo presidido por Edno Melo demonstraram insatisfação com a decisão. Alexandre Homem de Melo, que estava na vice-presidência de futebol, foi o primeiro a não concordar com a composição dos grupos, inclusive não figurando em nenhum cargo da diretoria composta. Gustavo Ventura, atual vice-presidente e que concorre pela chapa a presidência do conselho deliberativo também se posicionou contrariamente por meio de uma rede social.
Com o rompimento, as chapas voltam às suas formações originais. No grupo “Vermelho de Luta”, Edno Melo concorre a presidência, Ubirajara Tavares é o vice, Alexandre Homem de Melo volta a vice-presidência do futebol e Gustavo Ventura fica na presidência do conselho.
A chapa “Náutico de Todos” fica formada por Marcos Freitas na presidência, Ivan Brondi é o vice e Toninho Monteiro deve ficar à frente do futebol, enquanto Túlio Ponzi concorre a presidência do conselho deliberativo.
Confira na íntegra a nota divulgada pela chapa Vermelho de Luta:
“O grupo Vermelho de Luta, Branco de Paz vem a público esclarecer os motivos que levaram o grupo a desistir da decisão de compor chapa única para as eleições do Clube Náutico Capibaribe.
Inicialmente, diante de algumas condições, o grupo aceitou compor com a chapa adversária, entendendo que a união de todas as correntes seria o melhor para o Clube Náutico no momento atual. As negociações para a formação de uma chapa única, no entanto, não obtiveram sucesso.
Não houve consenso com relação aos seguintes pontos, que são importantes ao grupo: o papel do vice-presidente executivo, o conceito de um futebol verticalizado (com a base sob os mesmos ideais do profissional), o papel do conselho deliberativo como apoiador da gestão e a renovação da vida social e esportiva dos Aflitos. Harmonizar esses pontos seria primordial para a formação de uma única frente.
Ao mesmo tempo, o grupo se deparou com grande insatisfação da massa associativa do Clube Náutico Capibaribe, que clamou pelo direito ao voto, e em respeito aos sócios, aos candidatos ao conselho deliberativo e à toda torcida alvirrubra, o Vermelho de Luta, Branco de Paz decidiu seguir em frente com seus ideais e conceitos, apostando numa gestão profissional como ponto fundamental, evitando, assim, que haja desrespeito com o associado, que anseia por uma grande mudança para o Clube”
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