Esquerdinha: "Feliz por estar voltando para onde comecei"

Natural de Recife e tendo atuado nas divisões de base do alvirrubro, jogador critica a pouca valorização de atletas pratas da casa

por Rodrigo Malveira qua, 17/02/2016 - 09:52
Divulgação/Náutico Esquerdinha se coloca a disposição de Dal Pozzo para atuar em três posições diferentes Divulgação/Náutico

Depois de já estar treinando no Náutico há quase um mês, o meia Esquerdinha finalmente está próximo de fazer sua estreia pelo Timbu. Com o contrato com o Coritiba tendo sido rescindido, o clube alvirrubro enviou a documentação do atleta para a CBF e espera que até a segunda-feira (22), dia do confronto com o América, ele já esteja apto a jogar. No Recife, o atleta afirma estar feliz em voltar para sua cidade natal e espera reencontrar a felicidade em jogar.

“Estou muito feliz por estar retornando a capital, sou daqui mesmo. Estava querendo voltar ao Recife para passar uma temporada aqui, me readaptar de novo ao futebol. A gente roda tanto e às vezes não está tão feliz. Espero voltar a sentir alegria no futebol e ajudar o Náutico”, comenta o meia que tem 12 equipes no currículo, sendo a última no Coritiba, onde pouco foi utilizado.

Com carreira iniciada no próprio Náutico, nas divisões de base, mas profissionalizado no Santa Cruz, Esquerdinha lamenta não ter conseguido estourar na carreira no Estado e a pouca valorização da base no país. “É triste essa situação porque infelizmente isso acontece não só aqui em Recife, mas em outros clubes também. O jogador é mais valorizado em outro lugar do que em sua própria casa. Eu não tenho raiva de nada do que aconteceu no Santa Cruz comigo, mas queria muito ter estourado aqui. Hoje fico feliz por estar voltando para onde comecei. E, que isso venha a mudar a cultura do futebol, temos que dar valor a prata da casa”, ressalta.

Um dos pontos levantados pelo atleta para não ter conseguido sucesso na carreira no início foi sua troca de posições na transição da base para o profissional. Hoje, contudo, ele vê essa situação como uma qualidade sua. Apesar de ressaltar a preferência pelo meio de campo, ele se coloca a disposição de Dal Pozzo para atuar também de lateral-esquerdo e de ponta. “Sofri um pouco quando subi para o profissional, porque minha base toda fiz de meia e atacante. Quando fui para o profissional joguei de lateral. Sofri em relação a marcação, mas depois fui amadurecendo, ganhando corpo na posição e cresci muito. No Ituano, por ter um pouco de qualidade, o Doriva optou por me colocar mais a frente. São funções que gosto de fazer”, concluiu.

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