Sem estrelas, judô testa instalações para a Olimpíada
A opção da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) foi montar uma equipe com jovens talentos, mas dificilmente um deles estará em ação na Olimpíada deste ano
Com 122 atletas de sete países, a Arena Carioca 1 recebe nesta terça e quarta-feira o evento-teste de judô, que nos Jogos Olímpicos será realizado na vizinha Arena Carioca 2. Como os dois espaços são bem semelhantes, a ideia é colocar em prática a competição em um lugar bem parecido com o que será em agosto.
Entre os competidores de Brasil, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Japão e Líbano estão nomes para o futuro e não necessariamente para a competição daqui a alguns meses. Entre os destaques estão o britânico Ashley Mckenzie, que foi prata no Grand Slam de Tyumen no ano passado, e o alemão Dominic Ressel, bronze no Grand Prix de Dusseldorf deste ano e no Grand Slam de Baku em 2015.
Outro nome conhecido dos brasileiros é o do capixaba Nacif Elias, que compete pelo Líbano. Entre os atletas nacionais estão escalados Gabriel Pinheiro, Daniel Cargnin, Layana Colman, Jéssica Santos, Aléxia Castilhos, Eduardo Yudi Santos, Rafael Macedo e Jéssica Pereira, que tem 21 anos e foi prata no Mundial Sub-21 em Liubliana, em 2013. Ela é a segunda brasileira no ranking olímpico na categoria até 52 kg, atrás de Érika Miranda, que deve ficar com a vaga nos Jogos.
A opção da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) foi montar uma equipe com jovens talentos, mas dificilmente um deles estará em ação na Olimpíada deste ano. A ideia é dar experiência, colocando os judocas para sentir o clima olímpico, pensando em colher frutos em outras edições dos Jogos.
"Nós convocamos jovens talentos que já mostraram resultados em competições importantes anteriormente e que terão uma oportunidade única de vivenciar o clima dentro de uma arena olímpica. Será um fato marcante e motivador da carreira desses atletas. Além disso, é mais uma ação que visa dar continuidade no processo de transição da classe Sub-21 para o Sênior", explicou Ney Wilson, gestor de alto rendimento da CBJ.
Neste evento-teste alguns aspectos serão avaliados, como a área de competição, a atuação dos voluntários específicos da modalidade, a área médica e o sistema de resultados, incluindo toda a parte tecnológica. Após o torneio, a CBJ vai receber delegações de Grã-Bretanha, Bélgica, República Checa, Japão, Canadá e Líbano para um treinamento.