Pelo que mostra a ausência do Atlético Pernambucano nas três vagas destinadas a Pernambuco para a Série D, o hexagonal da permanência do Estadual não tem outra função fora determinar os dois times rebaixados à Série A2 local. Isso porque o Tatu-Bola terminou a disputa ‘de baixo’ na liderança isolada, com 20 pontos, cinco a mais que Serra Talhada. Mas é o representante do Sertão que vai figurar na 4ª Divisão nacional, ao lado de Central e América, equipes que, por sinal, integram o hexagonal do título. 

O desfecho parece sem lógica? A princípio, sim. Acontece que, de acordo com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), a determinação das vagas na Série D se deu levando em conta os resultados do primeiro turno do Estadual. Nesta etapa, o Central teve a melhor campanha, terminando na liderança do Grupo A, com 13 pontos, seguido pelo América, que acabou no topo do Grupo B, com 12. Essas foram as duas melhores pontuações de toda a tabela. 

Na decisão da terceira vaga, Serra Talhada e Atlético Pernambucano ficaram com nove pontos e empatados em todos os critérios de desempate, mas o Cangaceiro levou vantagem no número de gols pro (6x4), faturando a terceira vaga na competição nacional. Assim, a aparente ‘garfada’ levada pelo Tatu-Bola, ao ser analisado o resultado final do hexagonal da permanência, encontra justificativa regulamentar na determinação de que a classificação viria mediante o rendimento no primeiro turno, segundo a FPF.

Vale lembrar que, inicialmente, apenas duas vagas seriam destinadas a times pernambucanos na Série B. Mas, através de ofício emitido no último dia 22 de março, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou sobre a abertura para a participação de mais uma equipe local no torneio nacional – a determinação veio através de cálculos envolvendo um ranking entre as federações estaduais.