Surfistas fazem desafio noturno na pororoca

Na 18ª edição do Festival de Surfe na Pororoca, no Pará, atletas voltam a desafiar o fenômeno natural iluminados por LEDs

por Julyanne Forte sex, 08/04/2016 - 11:45
Sidney Oliveira/Divulgação-Agência Pará Neste ano, a organização espera por ondas mais fortes do que as registradas no Desafio Noturno de 2015 Sidney Oliveira/Divulgação-Agência Pará

Marcado por desafios, diversão e conquistas, o Festival do Surfe na Pororoca será realizado pela 18ª vez, de 8 a 10 deste mês, em São Domingos do Capim, nordeste do Pará. Mais de 30 mil visitantes são esperados na maior festa mundial das ondas de maré. Neste ano, ao atingir a maioridade, o surfe em rios e água doce foi reconhecido como Patrimônio Imaterial do Estado do Pará.

A pororoca é um fenômeno natural que acontece a partir do encontro das águas do mar e dos rios e provocam grandes e violentas ondas. Elas chegam a 6 metros de altura a uma velocidade de 30 quilômetros por hora. Isso acontece em cursos d’água muito volumosos, especialmente na Amazônia.

De acordo com Noélio Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Surfe na Pororoca (Abraspo), o campeonato surgiu em 1999 e em 2001 foi criado o Festival da Pororoca. Segundo ele, os principais objetivos do evento são “fomentar o surfe na Amazônia, promover o turismo em São Domingos do Capim e projetar internacionalmente as belezas naturais do Estado do Pará”.

Ano passado, 19 surfistas bateram o recorde brasileiro, homologado pelo Rank Brasil. Em pé, eles surfaram a mesma onda. A marca foi registrada em São Domingos do Capim. Vários campeonatos são executados nesse período, o vencedor é aquele surfista que permanece por mais tempo sobre a onda. A abertura do festival ficará por conta do atleta e pioneiro do surfe na pororoca no Brasil, Gilvandro Júnior. Está será a maior travessia de stand up paddle já realizada no Pará, informa Noélio Sobrinho.

No sábado (9), haverá mais uma edição do Desafio Noturno de Surfe na Pororoca, com a participação de 15 atletas pioneiros e com destaque na modalidade. As pranchas terão iluminação de LED, garantindo ao público um belo espetáculo, que contará ainda com canhões de luz instalados às margens do rio Capim, próximo ao Mirante do Toio.

Além disso, o festival começa com as disputas da Pororoca Fight, uma competição de MMA, na qual competidores de diversas regiões da Amazônia colocarão à prova toda a técnica da Escola Marajoara de Luta. Alguns praticantes de surfe também participarão do torneio, mostrando com isso a versatilidade dos atletas. O público também poderá participar de shows musicais ao longo de toda a programação.

Atração - O atleta cearense Eduardo Gondim é a novidade deste ano, com a sua big sup, uma superprancha de stand up paddle, com a capacidade de levar oito surfistas de uma vez só. O equipamento será usado pela primeira na pororoca.

Para o final de semana está prevista a quebra do recorde brasileiro de surfistas na mesma pororoca. Sete bananas boat, três jet skis e três lanchas voadeiras serão disponibilizadas aos atletas e imprensa. A expectativa da Abraspo é de que mais de 150 surfistas participem da ação. Todos os resultados são homologados pela Confederação Brasileira de Surfe (CBS).

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