Esportes radicais ganham mais adeptos no Pará
Paraquedismo, patinação e outras práticas esportivas do gênero exigem coragem e concentração, além de segurança e responsabilidade, dizem os atletas
Coragem e concentração são duas coisas que qualquer praticante de esportes radicais precisa ter. O termo popular é válido para qualquer tipo de atividade física que tem um alto grau de risco físico por conta das condições extremas de altura, velocidade ou outras variantes em que são realizadas. Exemplos: a escalada, o bungee jumping, surfe, skate, salto de paraquedas e outros.
Para praticar esse tipo de esporte é necessário usar todos os equipamentos de segurança e checar a idade indicada para cada nível de dificuldade. “Na canoagem usamos os coletes salva-vidas. No paraquedismo, além do próprio paraquedas, usamos capacetes”, afirma o atleta paraense Alan Bordallo. O esportista comenta também que, durante a sua experiência praticando o paraquedismo e a canoagem, sempre conviveu com grupos que primam pela segurança e responsabilidade.
O Pará é um Estado de lugares propícios para a prática de esportes radicais, como os rios, florestas, praias, praças com rampas de skate e patins, entre outros. “O Pará oferece um campo rico pra esportes radicais e de aventura, e agora é que essas potencialidades estão sendo exploradas”, relatou Alan. Ele participa do grupo de paraquedistas Guerreiros do Ar e, de canoagem, Marenta Canoagem.
Há quatro anos, a paraense Tatiana Ribeiro aproveita as ruas de Belém para andar de patins com o grupo Patinadores do Pará. De acordo com ela, eles se encontram com frequência nas praças da capital e de lá saem para passear por vários bairros da cidade. “Os esportes radicais estão crescendo em adeptos no Pará, em Belém mais ainda”, conta a patinadora. A atleta é tão apaixonada pela modalidade que, no dia do seu casamento, a valsa dos recém-casados foi sobre rodas e, além dos dois, os padrinhos e madrinhas também entraram na dança.
Tatiana possui um projeto, que já foi aprovado pela Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), para implantar um Campeonato de Patinação de Velocidade do Norte do País. Com isso, ela se torna a pioneira da modalidade no Pará. Tatiana se prepara para ir além não só da fronteira paraense, mas também da nacional. Ansiosa para o dia 24 de setembro, ela se prepara para disputar sua primeira competição internacional, de patinação de velocidade, que será realizada em Berlim, na Alemanha.
A prática de esportes radicais permite um contato direto com a natureza, sensação de bem-estar e aumento da autoconfiança, dizem os atletas. A situação de perigo e medo, ocasionada pela prática dessas modalidades, afirmam, estimula a liberação de adrenalina no corpo, que acaba sendo uma terapia e alívio para o estresse acumulado diariamente.